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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Quase por acidente - Capítulo 2

Quase por acidente 


Capítulo 2 

Prof.Alana - Não é permitido namorar em sala de aula! Todos aqui estão plenamente conscientes disto! Não é,Mariana Espósito? - Ela confirmou com um rosto meio amedrontado. Como eram expressivos os seus olhos! Deixavam claro que ela não estava nem um pouco arrependida, embora a professora não pudesse perceber. - Eu serei obrigada a mudá-los de lugar, a partir de amanhã, todos aqui terão lugares fixos! - Ela olhou a turma em silêncio, e em seguida deu as costas,voltando a explicar qualquer coisa no quadro, mas não era lá que estava minha atenção... Era em Mariana. A aula acabou e todos foram saindo. Eu fiquei onde estava, esperando ansiosamente.Mariana estava guardando seu material quando a professora chamou nossos nomes.
Prof.Alana - Mariana Espósito, Peter, quero falar com vocês dois... - Suas amigas, que estavam saindo pararam no meio da porta. - apenas com eles dois, os outros estão dispensados... - Pablo me encarou com um olhar de desprezo. Tocou a cintura de Mariana e beijou sua bochecha, ainda me encarando. Ignorei.
Prof.Alana - não me ouviu Pablo? - Ele saiu sem dar atenção à professora. Me levantei e me aproximei de Mariana. Meu coração batia tão acelerado e tão forte que cheguei a pensar que todos podiam ouvi-lo.Mariana me olhou séria, gostaria de poder saber o que estava pensando. Alana se levantou e se aproximou de nós, encostando-se numa carteira da primeira fila. - bom, é como eu falei hoje cedo pra você, Peter, - Ela olhou pra mim e em seguida pra Mariana. - Eu irei passar um trabalho pra que vocês dois recuperem pontos na média... - Ela comemorou, contida, batendo as mãos. - bom, é claro que muitos alunos vão ficar de recuperação em literatura, mas desta vez abrirei uma exceção pros dois.. A senhorita não anda merecendo muito, sabe disso não é?
Mariana - Sim, eu sei... - Ela tentou parecer arrependida.



Peter - e como vai ser o trabalho professora? - Não sei o que aconteceu com a minha voz, saiu meio tremida e mais baixa do que de costume, Mariana me olhou ainda com ar de curiosidade. E sinceramente não me sentia a vontade quando ela me olhava, como se estivesse me analisando.
Prof.Alana - Bom, é um trabalho em dupla - essa palavra fez meu corpo gelar. - não será uma tarefa muito fácil... - Ela pegou de cima da carteira uns papéis. - Os dois terão que adaptar o filme Romeu e Julieta... - Engoli seco, enquanto ela bufou. A professora entregou algumas folhas pra cada um de nós. - Não precisam fazer todas as cenas, contanto que a história faça sentido... Aí estão algumas dicas pra facilitar o trabalho, e é claro as exigências...
Mariana - que? A trilha sonora vai ser adaptada também?- Disse ela lendo alguma parte do papel.
Prof.Alana - quero que o trabalho seja 100% de vocês...
Mariana - professora, eu não sei cantar! - Alana riu.
Prof.Alana - bom, então improvisem com os instrumentos, o importante é que seja uma obra de vocês... - Mariana bateu o pé no chão.
Mariana - tudo bem, melhor isso do que perder as férias e a minha viajem...
Prof.Alana - quero receber o DVD até o dia da minha última prova...
Mariana - que? Três semanas??
Prof.Alana - infelizmente todos estamos correndo contra o tempo, não posso fazer mais nada por vocês... -ela suspirou, e eu finalmente lembrei de respirar. - Tem certeza que está bem Peter? - Disse ela me olhando assustada. Mariana me olhou sem dar muita importância.
Peter - cla-ro... tá tudo bem sim.. - Gaguejei.
Prof.Alana - bom meninos, é isso.. boa sorte... - Ela saiu sorridente da sala, e meu coração disparou de vez. Pela primeira vez na vida fiquei tão perto dela, e sozinho. Engoli seco.
Mariana - então, Peter não é? -Onde foi parar o oxigênio desse lugar? - a gente tem pouquíssimo tempo pra fazer isso, a gente vai ter que dar um duro danado... - Disse ela olhando o papel. Depois de alguns segundos ela me olhou. - Não vai dizer nada?
Peter - ér...é...- Essa foi a melhor coisa que consegui dizer. Ela revirou os olhos.
Mariana - hoje a tarde eu tenho um compromisso, e não sei se vai dar pra adiar... - Ela colocou a bolsa em cima duma carteira e começou a remexê-la. - me dá seu telefone... - Disse ela tirando uma caneta. Eu não faço ideia da cara que eu fiquei.
Peter - deixa que eu anoto... - Disse rapidamente. Peguei a caneta e ela estendeu a mão pra que eu escrevesse nela. Foi o momento mais tenso e mais agradável da minha vida. Pela primeira vez eu pude tocá-la. Comecei a escrever, minhas mãos estavam tremendo, fiz o mais devagar que pude, queria que aquele momento durasse eternamente. Como era delicada a sua pele, e suas mãos eram tão pequenininhas... E seus olhos tão intrigantes pareciam me desafiar, toda vez que me olhava. Ela leu o número, fazendo careta pra entender minha letra que era pavorosa.



Mariana - eu vou ver no que dá, aí eu te ligo pra dizer se eu posso ir na sua casa...
Peter - na minha casa?
Mariana - ér... na sua... ou você prefere ir na minha?
Peter - o que você decidir ta bom...
Mariana - então na sua, eu já sei até onde você mora, é muito mais fácil.. - ah, eu também sei onde ela mora... Peraí, ela sabe onde eu moro?
Peter - como sabe onde eu moro?
Mariana - por que Pablo mora na sua rua, eu já te vi algumas vezes na calçada... - Bom, pelo menos ela sabia que eu existia. Ela guardou suas coisas, enquanto eu ainda estava `processando as últimas informações. - então, até mais...
Peter - até.. - Ela saiu da sala, com a elegância de sempre. Eu finalmente me dei conta do que tinha acabado de acontecer. Comecei a comemorar feito um louco, sozinho na sala de aula, peguei minha mochila e saí correndo pelos corredores. Cheguei em casa e joguei a mochila no sofá, quando ia subir a escada minha mãe chamou.
Alexandra – Peter Lanzani, isso são horas?
Peter - ah mãe, é que depois da aula a professora chamou pra conversar sobre um trabalho...

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