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quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Quase por acidente - Capítulo 5

Quase por acidente 


Capítulo 5 

Mariana - agora a pouco, fiquei irritada por que ele se conformou na boa em ficar longe de mim, sabe? É um chato, eu fiquei toda chateada e ele nem ligou! Isso é um absurdo... - ahuhahuahau` Como ela era engraçada reclamando dele desse jeito. É claro que eu não ri.
Peter - puxa... sinto muito... - fui saindo da sala e ela me acompanhou.
Mariana - a gente anda brigando muito ultimamente, sabe? As vezes eu penso que ele nem gosta de mim... - Ela suspirou. Não gostava daquela carinha, embora fosse linda.
Peter - eu não conheço ele, então acho que minha opinião não ajudaria em nada... - Minha vontade era gritar o quanto ele era imprestável e repugnante, mas tinha que respeitar os sentimentos dela. Me partia o coração vê-la chateada por causa de outro. Até por que estava claro que ele não gostava dela mesmo.
Mariana - então, que horas eu posso ir pra sua casa?
Peter - quando quiser...
Mariana - ok, então depois do almoço eu vou pra lá...
Peter - ok... - Era horrível me despedir dela, agora mais que nunca eu sentia vontade de estar perto dela, antes pelo menos eu nem chegava perto, então já estava acostumado. Estava dando as costas quando ela me puxou e me beijou no rosto. Tudo foi tão rápido que fiquei completamente sem reação. Tive a impressão de que meu coração sairia pela boca a qualquer momento, um frio percorreu todo o meu corpo, provavelmente eu estava pálido, como antes.
Mariana - que foi? Ia embora sem se despedir, é? - Como ela consegue ser assim? Tão natural?
Peter - é que.. eu... - Não preciso dizer que graças a ela estava faltando oxigênio no meu cérebro, não é? 
(Isso é apenas uma maneira de dizer que ele ficou tão nervoso a ponto de não conseguir pensar). Ela começou a rir.
Mariana - que fofinho, você é tímido, ficou todo vermelho... - Que bom, mudei de cor pra variar
Peter - ér... desculpa...
Mariana- que é isso, achei super meigo... - Isso é bom, né?
Peter - então... até mais...



Mariana - até... - Ela saiu, ainda rindo de mim, ou da situação. Eu demorei um pouco pra processar as idéias. Mariana acabara de me dar um beijo???? No rosto... Mas UM BEIJO! Fui pra casa tão contente que quando dei por mim já tinha chegado. Corri pro meu quarto e fui tomar um banho e me `arrumar`. Minha mãe bateu na porta.
Ale - Peter, meu filho, venha almoçar!
Peter - quando eu terminar de me arrumar eu vou, mãe...
Ale - o que deu em você? Está estranho demais esses dias! - abri a porta, completamente nu. - Menino! Vai se vestir, anda!
Peter - ah bom, pensei que era pra ir almoçar pelado... - Disse brincando. Ela riu e bateu a porta, descendo em seguida.
Ale - não demora, eu já esquentei a comida duas vezes! - me vesti rápido, era meio complicado pentear os cabelos, eles sempre ficavam bagunçados de certa forma; E finalmente fui almoçar.
Peter - cheguei mãe... 
Ale - finalmente! - Comi bem, e levantei.- Não vai esperar pela sobremesa?
Peter - não, mãe, eu preciso me apressar, uma colega minha vem aqui daqui a pouco pra gente fazer um trabalho! - Ela revirou os olhos.
Ale - amiga, sei... - Quem dera os pensamentos dela estivessem certos! Escovei os dentes e peguei minhas pastilhas de hortelã, queria causar a ela a melhor impressão possível. Meu quarto já estava arrumado à dois dias,então com ele não precisei me preocupar, coloquei tudo relacionado ao trabalho em cima da escrivaninha, e fiquei esperando por ela. Os ponteiros do relógio andavam mais devagar que nunca, eu cheguei a pensar que levaria `cano` outra vez, mas de repente a campainha tocou. Praticamente voei do meu quarto até a sala, quando cheguei no andar debaixo minha mãe estava abrindo a porta.
Mariana - Boa tarde, o Peter está?



Ale - sim sim, você é a mocinha que veio fazer o trabalho com ele, não é? Entre por favor... - Ela entrou, olhando curiosamente ao redor. Estava linda com o cabelo preso, uma regata e uma saia curta. Sorriu ao me ver, e em resposta meu coração disparou.
Peter - oi Mariana...
Mariana - desculpa a demora, aconteceu tanta coisa antes de eu vir, que você nem imagina... - Aposto o dedão do meu pé como as coisas a que ela se refere, se chamam Pablo.
Peter - sem problemas, vem...? - Minha mãe me olhava do jeito que eu mais detestava, tentei parecer normal, mas perto da Mariana eu não conseguia. Ela veio e subiu devagar e graciosa. - bom... esse é meu quarto... - Disse abrindo a porta. Ela entrou.
Mariana - puxa vida... Me surpreendeu, hein? Hauhauhuahuahauaha` - Estava com um sorriso de ponta a ponta.
Peter - posso saber por que?
Mariana - seu quarto é mais organizado que o meu! - Ela colocou a bolsa em cima da minha cama e caminhou até a varanda. Acompanhei.
Peter - que bom que aprovou...
Mariana - e olha que você é menino... - Foi engraçado ouví-la dizer 
menino como se fôssemos `coleguinhas` do fundamental. Ela ficou calada olhando pra rua.
Peter - vamos começar? - Ela ignorou.
Mariana - eu sempre quis subir aqui, sabia? - Não! `
Peter - sério? Por que? - Me aproximei confuso e me encostei na parede ao lado dela.
Mariana - é uma história ridícula, rs, esquece...
Peter - claro que não, agora você me deixou curioso...
Mariana - eu morei nessa rua quando era bem pequena, e naquela época essa era a única casa de dois andares que tinha por aqui, e os pivetinhos da rua diziam que dava pra ver são Jorge na lua daqui de cima... - Ela começou a rir da própria inocência. Ri também.
Peter - e você acreditava?

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