A Escolhida
Capítulo 8
Mariana saiu da Boate por volta das 03:hrs00min, estava fora de controle, bêbada. Festejava pelo dia incrível que supostamente tivera. Enquanto dirigia, ligou o rádio, cantava alto, alegre.
Mariana: Essa é pra você Gastón. - gargalhava sarcástica. - Pra todos vocês idiotas. - repetia o refrão inúmeras vezes. - Baby you`re a firework, come on let your colors burst, make `em go "Ah, ah, ah!"You`re gonna leave them all in "awe, awe, awe" - seu contentamento era expresso na melodia que ela cantava fortemente. Seu corpo dançando frenéticamente. Sua cabeça mechendo para espantar a êxtasia que se encontrava. - Somente eu sou feliz, eu, euzinha, Mariana. - repetia com a voz embargada pelo alto grau de álcool que havia ingerido. - Vamos, hoje é dia de festa. - e a alegria fora interrompida. O clarão, o piscar de olhos, o medo, o grito. - Não! - ela já não estava mais lá. O carro em alta velocidade que viera em sua direção havia se chocado contra o carro dela e o dia de festa fora apenas um sonho dispersado junto com a escuridão da morte e com suas palavras.
`` E o nosso julgamento? Está perto? Porque tanta dor, tanto sofrimento? Ó querido Deus, porque não nos avisastes que o maior perigo não está na vida e sim no depois da morte? ``
Mariana: Aonde eu estou? - fracamente questionou. Seu braço se posicionou para apoiá-la, mas aquilo não era o chão, era tão macio, evidentemente parecia ótimo tocar ali. - Aonde eu estou? - voltou a repetir, agora com mais força. Seus dedos em movimentos circulares tentava desembaçar a vista da menina que pouco enchergava. - Que lugar é este? - surpreendeu-se ao avistar o extenso campo de girassóis. Aquele lugar não podia ser real, a luz que brilhava era tão perfeita e não machucava seus olhos como o sol. O aroma fresco que sentia a deixava calma, aquela sensação de paz que ela nunca sentira antes na vida. Será que era tudo verdade? Ou apenas um sonho? - Meu Deus, isso é incrível! - afirmou levantando-se. Quando olhou para os seus pés, parecia estar flutuando, até parecia estar sob as nuvens, mas não, aquilo era loucura. - Que brincadeira de mal gosto é esta? - pedia atônita.
Zayon: Olá Mariana, Bem vinda ao paraíso. - riu sereno assustando a menina.
Mariana: Jesus amado. - se afastou rapidamente. - Daonde vocês apareceram? - gaguejou. Aquelas criaturas iluminadas assustavam-na, ela simplesmente estava hipnotizada.
Zayon: Oras, estávamos aqui! - sorriu radiante. - Eu sou Zayon e esta ao meu lado. - apontou para a `` mulher `` linda que o acompanhava. - é Dorotti. - concluiu sua fala.
Mariana: E... quem são vocês? Ou melhor o que são vocês? - pediu sem entender.
Zayon: Eu sou um arcanjo, Dorotti é um anjo. - explicava. A menina estava abismada, até cair na gargalhada.
Mariana: E eu sou a Megan Fox, mais baixa só que mais bonita. - ria sem parar, até que as luzes apagaram, de repente ela estava no escuro. Não demorou para que ouvisse uma batida. Telões a cercaram, por todo o lado tinha um filme. - O que é isso? Uma seção de cinema?
Dorotti: É a sua vida toda em cenas. - Mariana ia falar quando Dorotti interrompeu-a. - Não fale, apenas ouça, veja e tire suas conclusões. - O silêncio bruto se fez presente. As imagens fortes por um instante a matavam.
Zayon: Triste não, como você fez as pessoas sofrerem, como você as destruiu! - afirmou sem dó. - Olhe esta imagem! - ordenou apontando para uma cena muito conhecida, quando por causa dela Gastón ficara de castigo por um mês. - E está então... realmente maravilhosa. - falava irônico. Aquela ela nunca iria se esquecer, era de uma vez em que humilhava Euge em um festival de música.
Mariana: Porque estão fazendo isso? Eu quero ir para minha casa, agora! - gritou.
Dorotti: Aqui você não manda, você não escolhe, você só faz o que mandamos. E estamos fazendo isso, para chegarmos bem nesta cena! - apontou. Aquela ela não conhecia, mostrava-a sob uma cama em uma sala de cirurgia, via flashes de sua mãe chorando descontrolada, Peter sentado sem reação.
Mariana: Porque eu estou ali? - continuava a questionar.
Zayon: Você não se lembra do acidente que sofreu? - ela negou com a cabeça. - pois então veja! - a reação de angustia explodiu dentro dela, fora a primeira vez, ou melhor a segunda que ela realmente sentiu medo, dor. - Mariana, você está morta! - disse.
Mariana: O que?
Zayon: Sim... e aqui é o céu! - afirmou.
Mariana: E agora já podem me dizer que isso é uma pegadinha, e mostrarem de que emissora é. - tentou espantar o medo que sentia.
Dorotti: Não me faça perder a paciência Mariana!
Mariana: Mas se isso é o céu, o que uma pessoa como eu está fazendo aqui? Eu não entendo! - dizia incompreensiva.
Zayon: Pois você tem sorte, você é uma das poucas pessoas no mundo que tem vontade de viver mesmo com dias bons ou ruins, você nunca pediu para morrer e sua vontade pela vida de teu mais uma chance... - a morena o interrompeu.
Mariana: Yes, eu vou ressussitar! - cantarolava.
Dorotti: Porém, para voltar você tem uma missão, se não aceita-lá morre! Se mentir e for pra terra e não cumprir, morre! - falava sem parar.
Mariana: Uma Missão? - encarou-a.
`` Você pensa que nasceu só por nascer e que não faz diferença, mas não sabe que sua missão pode ser, quem sabe, fazer apenas alguém feliz, mudar a algo, mudar a si mesmo! ``
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