Paperwight - Gastochi - Capítulo 5

Paperweight - Gastochi

Capítulo 5 - Conhecendo meu pai...

Os outros dias se passaram e eu e Rochi saímos muito, estava indo tudo devagar porque Rocio não queria apressar as coisas. Hoje íamos sair de noite, eu estava me arrumando e desejando para que hoje ela me de uma chance.

Rochi: oi. – disse ela colocando um braço em volta da minha cintura.

Gas: oi.

Ela inclinou-se um pouco pra trás avaliando minha expressão.

Rochi: parece que você sentiu minha falta. Talvez eu tenha sentido a sua...

Toquei seu ombro nu.

Gas: está pronta pra ir?

Rochi: como sempre.

Nos dirigimos ao carro, de mãos dadas. De lado quando ela não estava olhando eu falei bem baixinho “obrigado Senhor”.

Gas: vi você falando com Vico hoje.

Rochi: viu é? Ele é legal... não me diga que esta com ciúmes?

Gas: ciúmes? Por favor, claro que não é ciúmes... – balançando as mãos.

Rochi: porque se for não tem motivo para estar.

Gas: ok então, estava pensando em levar você ao Oysters.

Ela fez uma cara de duvida.

Gas: é uma boate nova aqui perto, vai ter uma banda mais tarde e podemos dançar.

Rochi: o que vamos fazer antes?

Gas: o que você quiser... – beijando a cabeça dela.

Rochi: eu quero conhecer seu pai.

Gas: sério?

Rochi: só um pouquinho. Depois a gente passa no mc’ donalds para comermos alguma coisa aí vamos na boate.- fazendo biquinho.

Gas: então tá...

Eu não fiquei muito animado mas do jeito que ela me pediu não dava para recusar. Ela estava toda feliz, contando sobre os trabalhos realizados nos últimos dias e como ela gosta de ajudar os outros. Estacionei em frente a minha casa, e notei a luz do escritório acesa.

Gas: te falei que meu pai não fala muito né?

Rochi: sim, mas não importa. Eu quero conhece-lo.

Gas: ok...

Entrei em casa, com Rochi atrás de mim, meio envergonhada. Papai logo veio a nossa direção não entendo muito bem a situação.

Gas: pai, desculpe vir sem avisar...

Ciro: houve algum problema?

Gas: não... nós vamos dançar mais tarde mas antes eu queria passar aqui para te mostrar a Rochi.

Rochi: prazer senhor Dalmau, sou Rocio Igarzabal.

Ciro: prazer é meu Rocio.

Rochi: desculpe não ter avisado antes, a culpa não foi do Gas, foi minha.

Ciro: tá tudo bem.

Por um momento ficamos os três na sala no maior silencio, Rochi sempre sorria e tentava puxar assunto, mas como de se esperar, meu pai não deu muita corda pra ela. Pra ninguém ele dava.

Rochi: então, Gastón me disse que o senhor é um grande colecionador de moedas.

Ciro: eu tento.

Rochi: é isso que estamos interrompendo?

Ciro: não, eu só estava analisando uma que consegui hoje.

Rochi: sério? Que tipo?

Meu pai ficou sem graça, olhou para cima.

Ciro: gostaria de vê-las?

Rochi: eu ficaria honrada.

Ciro: então vem.

Ele se levantou e dirigiu Rochi para o escritório.

Ciro: só coloca essas luvas... como colecionador eu não quero deixar marcas nelas.

Rochi: sem problema.

Passamos 40 min no escritório, eu fiquei sentado na maior parte do tempo. Sabia de cor essas historias. Ele estava tão empolgado e contava as historias com prazer. Rochi se interessou, ou fingiu, mas enchia ele de perguntas sobre as moedas. O tempo foi passando, Rochi logo percebeu o horário e meu pai também.

Ciro: está na hora de vocês irem? Eu não quero incomodar...

Gas: está sim.

Rochi: obrigada senhor Dalmau, aprendi muita coisa hoje. – disse se levantando e colocando as moedas e as luvas na mesa.

Meu pai sorriu com satisfação.

Gas: sim foi ótimo mas temos que ir agora.

Ciro: ah... tudo bem.

Rochi: foi maravilhoso conhecer o senhor.

Ela se inclinou dando um abraço nele.

Rochi: vamos fazer isso de novo. – sussurrando.

Saímos lá de casa e fomos para a boate.

Rochi: amei conhecer seu pai. E adorei a historia das moedas.

Gas: serio?

Rochi: porque a surpresa?

Gas: nada...

Chegamos a boate estava lotada, mas conseguimos entrar. Dançamos muito, rolou uns “pega” sim, mas nada de beijo. É pelo visto essa garota era difícil...