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quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Quase por acidente - Capítulo 36

Quase por acidente 


Capítulo 36 
Lali – uow... – Ela suspirou, olhando pras mãos, fugindo de meu olhar. Olhei pra lua outra vez, não queria que ela ficasse ainda mais desconfortável. – Acho que agora posso entender... – tarde demais pra me entender... – Olha... Talvez esteja confuso... ‘Apaixonado’ é uma palavra bem forte... – Disse ela sem jeito. Era tão ruim assim a idéia de ser amada por mim? Suspirei também, e agora mais que nunca temia aquele olhar.
Peter – sinto muito... Não estou confuso... – Foi a melhor resposta que consegui dar. Ela virou de novo pro parapeito.
Lali – as coisas entre nós não precisam mudar... Eu te adoro, e ficar aqui com você é incrível...
Peter – Eu sempre soube que nunca seria correspondido, e pra ser sincero não sei como encará-la depois disso... – Admiti.
Lali – Olha, não fala assim! Vai me encarar como o garoto mais incrível que já conheci sempre me encarou! – Sorri de lado. Ela demorou um pouco antes de continuar. – E depois... Você não pode dizer que nunca vai ser correspondido! – Olhei pra ela surpreso com a resposta, que aliviou meu sofrimento antecipado. Ela olhou imediatamente pras mãos. Vergonha?
Peter – Então está me dizendo que eu posso ter esperanças? – Ela me olhou rapidamente, ainda de cabeça baixa, e depois olhou pras mãos de novo.
Lali – Ér... Eu acho que sim... – Ela disse num tom nada confiável. Mas o que eu queria afinal? Que ela me prometesse, ou me desse garantias de que poderia gostar de mim algum dia? A entendia embora me doesse, e me senti mal por um momento. – É que... Na verdade eu tô bem surpresa... Eu não sei direito o que pensar, o que achar de tudo isso!
Peter – eu entendo, desculpa... - Olhei pra ela, e vi que agora ela estava me olhando.
Lali – Olha, não fica assim... – Senti medo de que a minha reação (de completo idiota) a tivesse forçando a dizer aquelas coisas.

E que pudesse se afastar depois... - me dá só um tempo... Por que as coisas que aconteceram nesses dias mexeram muito comigo, terminei meu namoro à pouco tempo, ainda preciso digerir muita coisa, preciso pensar em outras... – Ela deu um suspiro longo. – Eu tô confusa...
Peter – ta tudo bem, Lali... – Forcei um sorriso. Precisava mais do que nunca parecer natural, precisava transmitir a ela a segurança que eu nunca tive.
Lali – mesmo? – Agora parecia mais com preocupação do que com pena. Balancei a cabeça, abrindo um pouco mais o sorriso. Ela sorriu e se aproximou de mim, me dando um abraço inesperado por trás. Aquele abraço quente aliviou o aperto que havia dentro de mim. Eu tinha esperanças, afinal! E ela ainda estava ali perto de mim... – Me promete que não vai se afastar de mim por causa disso? – Não respondi imediatamente. Ela imaginava mesmo que eu seria capaz de me afastar dela, quando meu maior medo era perdê-la?(perder o que nunca tive... ¬¬’).
Peter – é claro que sim... – Ela deitou a cabeça sobre meu ombro.
Lali – Não quero que se afaste... Você se tornou muito importante pra mim... – Sabia que ela ainda me tinha como um amigo, mas aquelas palavras me deixaram feliz! Muito feliz! Eu tinha esperanças, ela me queria por perto, e eu era especial pra ela! O que mais eu podia pedir naquela noite? Ela me soltou pra que eu pudesse me virar, e então a abracei pela cintura. Ela correspondeu, carinhosa, diferente de tudo o que eu mais temia que acontecesse.
Peter – eu nunca me afastaria de você... – Eu disse em voz baixa. Ela apertou um pouco mais os braços ao redor da minha cintura. Afastei um pouco a cabeça, e dei-lhe um beijo demorado na testa. Ela riu.



Lali – que maldoso, faz isso por que sou baixinha!
Peter – se quiser posso abaixar... – Disse, rindo também. Ela mostrou a ponta da língua, fazendo uma careta linda e irresistível. – é sério... – Ela tirou os braços da minha cintura, e segurou meu rosto pra baixo com as duas mãos, ficando nas pontas dos pés pra corresponder o beijo que lhe dei na testa.
Lali – ta vendo? Não sou tão pequena assim! Apertei mais sua cintura, quando ela desequilibrou e se apoiou em mim. – Ai! – comecei a rir, e ela riu também. Quando dei por mim seu rosto estava tão perto do meu, que podia sentir sua respiração. Meu coração disparou, ela estava me olhando nos olhos, e não consegui dizer nem fazer mais nada. De repente a porta do meu quarto abriu. Com o susto, Lali se afastou de mim, virando imediatamente na direção na porta, e eu fiquei parado. 
Ale – ér... Lali, querida, seu irmão está te esperando lá embaixo... – Ela estava segurando o riso, e nos olhou desconfiada.
Lali – ér... – Ela me olhou sem graça. – Ta bem, então... Eu já vou...
Peter – ta... – Minha mãe me olhou, e fiquei ainda mais sem graça. – Então até... 
Lali – até amanhã...
Peter – até... – Minha mãe saiu do quarto, piscando DESCARADAMENTE, me matando de vergonha. Lali riu, e então me abraçou rapidamente, depois correu para alcançar minha mãe.
Com certeza ela estava imaginando muito mais coisas do que o que realmente tinha acontecido, mas não me importava! Me joguei na cama, com um sorriso involuntário no rosto. Eu ainda achava que a Lali era ‘demais’ pra mim, mas querê-la não era tanta pretensão assim, né? Saber que ela me queria por perto era suficiente, pelo menos por enquanto. Fechei os olhos e tudo o que aconteceu começou a passar inúmeras vezes pela minha cabeça, como um vídeo no replei. Depois comecei a imaginar como faria pra encará-la! Agora que ela sabia do que eu sentia por ela, eu precisava conquistá-la, ou levar um fora duma vez!

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