Seguidores ;)

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Identidade Secreta - Capítulo 30

Identidade Secreta



Capítulo 30 - Só quero com você



Com cuidado, Peter entrou no quarto de Mariana. Ela estava deitada na cama, coberta até o pescoço. Deixou a bandeja em cima do banco ao pé da cama e caminhou ate o lado esquerdo, pro lado em que Mariana estava virada. A luz que vinha da janela batia justamente sobre o rosto dela e Peter pôde ver que os olhos da mesma estavam fechados e que dormia pacificamente. Aproximou-se mais e retirou uma mecha de cabelo que estava no rosto dela, colocando-o atrás da orelha da mesma. Decidiu que não a acordaria. Passou a mão pelo queixo dela e ela franziu a testa apertando os olhos antes de ficar quieta novamente. Peter se sentou na poltrona que estava ao lado da cama. Não a havia escutado gritar quando tinha pesadelos, mas já a viu em transe revivendo seja lá o que tenha acontecido. No fundo desejava que ela tivesse suficiente confiança nele para contar o que havia acontecido. Mas não iria pressioná-la. E nesta noite, apenas iria “assistir” seus sonhos...



(2 hrs depois, Peter já havia cochilado na poltrona)



Um grito o fez se estirar de repente. Demorou uns instantes para se orientar, percebendo que estava no quarto de Mariana. Novos gritos e soluços o fez se levantar bruscamente e se aproximar rapidamente da cama de Mariana. Ela não estava mais coberta, o cobertor estava na altura de seus joelhos e ela se debatia entre os lençóis de forma frenética, como se estivesse lutando contra algo. Suas bochechas estavam entre lagrimas e seu pequeno corpo coberto de suor. Peter se sentou na cama e a levantou, abraçando-a, deixando-a sentada na cama entre seus braços, para depois sussurrar palavras que a tranquilizasse...



Peter: Mariana... calma...(sussurrou, segurando-a pela cintura e pelo pescoço para que o olhasse. Ela havia deixado de se debater e Peter sentiu que estava acordada, mas tinha medo de abrir os olhos) Sou eu, o Peter... abra os olhos pequena, não tenha medo (disse com ternura)



Lentamente, seus cílios úmidos se abriram e fixaram um olhar perdido nos olhos de Peter. Um soluço de choro vindo dos seus lábios rasgou a alma de Peter. A puxou de novo para ele, enquanto as lagrimas voltavam a preencher o rosto dela. Mariana agarrou as costas dele, cravando suas unhas. Peter queria poder sofrer toda essa dor no lugar dela, mas só podia abraçá-la e fazer companhia até que tudo passasse. Com um choro desses, com certeza escondia um passado horrível. Depois de 10 minutos parou de chorar e começou a falar com uma voz chocantemente desprovida de sentimentos que fez os pelos do pescoço de Peter se arrepiarem…



Mariana: Brincou o tempo todo comigo… não chegou a me violar. Eu estava menstruada e pelo que parecia ele tinha nojo. Mas mesmo assim brigou comigo. Me drogou para me manter controlada, a pesar de estar amarrada nua na cama. Tocou tudo que quis. Se esfregava em mim…


A voz de Mariana se quebrou e Peter, aterrorizado, a abraçou com mais força. Mataria esse demônio, mesmo que fosse a ultima coisa que faria na sua vida. Arrancaria-lhe cada membro lentamente, lhe faria sofrer tanto como ele fez sua pequena sofrer...



Peter: Ninguém vai te machucar novamente (enquanto acariciava o cabelo dela)

Mariana: Acabei percebendo que quando mais eu resistia, mais ele se excitava, por isso optei por ficar quieta com os olhos fechados. Então ele se irritava e... me batia (com a cabeça no peito de Peter)



Notou como ele a apertava com tanta força que a deixava sem ar, como se quisesse fundi-la com ele para suportar a dor juntos.

Mas agora que havia começado necessitava contar tudo...



Mariana: Sabe o que era o único que eu pensava? (perguntou, se separando um pouco para olhá-lo diretamente. Os olhos verdes de Peter estavam fixos nela, cheios de uma profunda dor)

Peter: O que? (a animou a falar, acariciando seu queixo com ternura)

Mariana: Pensava em que minha primeira vez (mordendo o lábio inferior enquanto outra lagrima descia pela sua bochecha) seria um estupro (abaixando a cabeça, completamente envergonhada)

Peter: Vc era...? (com medo de ouvir a confirmação. Isso era mais horrível ainda)

Mariana: SOU... (de repente em seus olhos negros brilhou uma determinação que Peter não nunca havia visto desde ela chegou na casa. Mariana pôs as mãos sobre o peito de Peter) Peter... por favor...(suplicou com os olhos brilhantes) eu... (mordeu o lábio em sinal de duvida) Peter, quero pedir que vc faça... que faça amor comigo

Peter: QUE? (tenso. Algo se sacudiu em seu interior. Se não soubesse que era totalmente inocente, haveria pensado que era uma tentativa de sedução bem direta)

Mariana: Que faça Am...

Peter: Eu ouvi!! (a interrompeu, se separando para sentar mais afastado. Seu corpo estava começando a agir de maneira alarmante e o ultimo que necessitava era perder o controle)



Mariana olhou para baixo totalmente envergonhada...



Mariana: Vc se irritou (suspirou) Eu sei que não sou muito atraente e que não tenho experiência...

Peter: Não siga por esse caminho ou vou me irritar de verdade (a interrompeu, parecia que havia saído do seu estado catatônico. Não conseguiria se aproximar dela sem acabar fazendo uma burrada, como aceitar)

Mariana: Então, Porque não? Estou te pedindo, mas não vou suplicar

Peter: Não quero que suplique!!!... não é necessário. Desejo te fazer minha desde que te ataquei na escada (se levantando da cama, nervoso, passando a mão no cabelo) entenda... vc passou por algo horrível, não quero te assustar... ou machucar

Mariana: Não tem porque vc me machucar

Peter: Claro que tem. Vc é virgem!!

Mariana: Bom, isso eu já sei, estou preparada. Não sou tão inocente, sei que doerá no começo

Peter: Não quero que se arrependa depois (sentando na poltrona e escondendo a cabeça entre as mãos) Na noite da tempestade, vc reviveu tudo, não quero que aconteça de novo



Mariana o olhou por uns segundos. Decidiu não insistir mais, mas pelo menos queria que ele entendesse o porque de tudo aquilo. Retirou a cobertas que estavam sobre suas pernas e se levantou, caminhando em direção a ele com um ligeiro coxear, já que a outra perna doía um pouco quando pressionava no chão...



Mariana: Peter (se ajoelhando diante dele. Ele desviou o olhar. Ela bufou frustrada antes de agarrar a cara dele entre suas mãos) Não vou insistir mais. Mas isto não é um pedido feito em um momento de desespero ou fraqueza (Peter levantou as sobrancelhas, incrédulo) Vc não entende? Esperei tanto tempo pq necessitava que fosse com a pessoa certa, e essa pessoa é vc. Não posso me imaginar fazendo isto com outro. Confio tanto em vc que sei que não me machucará nem me forçará a fazer algo que não goste, sei também que vc parará se eu pedir.Tem que ser vc, só quero com vc

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixem sua opinião sobre o que acharam da postagem! ;)

Clipe da semana