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quarta-feira, 6 de março de 2013

A família Lanzani - Capítulo 37

A família Lanzani



Capítulo 37


— Não. — Vico encarou Peter. — Eu quero ficar com Miguel, criá-lo, vê-lo crescer, mas não posso. Não contei a Sims e Hoyt que Miguel é meu filho. Não quero que ninguém saiba. Nem os federais. Mandar Halloway para a prisão não é o suficiente. Os irmãos de Cande vão continuar soltos. Eles ainda serão uma ameaça. Miguel ficará melhor com você e com Lali. Miguel é seu filho — disse Vico a Peter, sua voz rouca de emoção. — Se você deseja realmente ficar com ele.

— Eu desejo. — Peter não parou de pensar sobre sua resposta. Ela veio rápida, naturalmente. Ele queria Miguel.— Eu cuidarei bem dele. Serei o melhor pai que eu puder.
— Obrigado.
 Vico transferiu Miguel para os braços de Peter que sabia que o velho amigo queria vê-los juntos, para se assegurar de que estava fazendo a coisa certa.

Lali deu um passo atrás e enxugou os olhos, tomando as mãos do irmão.
— Cande...
— Eu sei. Ela se foi. — Sua voz soou rouca outra vez, seus olhos ainda úmidos. — Sims e Hoyt me contaram. Também disseram que você e Peter foram vê-la. Que levaram Miguel.
Vico pigarreou, quebrando o silêncio.
— O Programa de Proteção à Testemunha não é tão relevante assim para mim. Mas sei que isso fará com que vocês se sintam melhor. Você não vai precisar se preocupar comigo nunca mais.
— Você vai me procurar de novo algum dia? — indagou ela.
— Não. Esta foi a última vez.
— Tente ser feliz — disse Lali ao irmão, com a voz trêmula. — Tente construir uma vida nova.
— A Máfia se cansará de tentar me alcançar, eu espero. E Sims e Hoyt não são tão ruins assim.
— Hoyt é um bunda-mole — acrescentou Peter, arrancando uma expressão de escárnio dos lábios rebeldes de Vico.
E então, subitamente, os dois estavam sorrindo um para o outro, como amigos de infância, como os irmãos Cherokee que eles costumavam ser.
Isso era uma despedida, pensou Peter. O fim.
Vico beijou Miguel e disse ao menino que o amava. Beijou Lali, também. E numa questão de segundos, desapareceu na escuridão da caverna, como se nunca tivesse estado lá.


Uma semana sem nenhum acontecimento notável se passou, e Peter apreciou o ritmo tranqüilo. Então, era assim a vida de casado?, imaginava ele, enquanto observava Lali ajeitar seu vestido. Era assim o sonho da casinha com cerca de estacas brancas pelo qual outras pessoas se esforçavam tanto para conquistar?
— Você está ótima, Lali.
— Obrigada. — Ela se virou para encará-lo. — Você tem certeza de que ficará bem sozinho?
— Por favor, eu sou o pai de Miguel. — Ele havia se oferecido para cuidar do bebê enquanto ela cuidava da reunião de negócios com a noiva chata. — Você provavelmente terá mais dificuldades do que eu. Eu tenho pena do noivo daquela mala pesada.
— Mala?
— Considerando os nomes pelos quais eu poderia me referir a ela, isso foi uma cortesia.
— Faço idéia. — Lali torceu os lábios. — Bem, para sua informação, o noivo está perfeitamente confortável com o acordo que fizeram. Ele não se incomoda em deixar que ela seja o chefe.
— Porque ele é um panaca.
— Diferente de você?
— É, diferente de mim. — Para provar seu argumento, ele a agarrou pelos ombros e lhe deu um beijo arrebatado.
— Minha nossa. — Piscando os cílios afetadamente, ela abanou o rosto e o fez rir.
— Quer se divertir mais tarde? — perguntou Peter, subitamente ansioso para que ela se livrasse logo daquela noiva temperamental e voltasse para sua cama...

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