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quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Quase por acidente - Capítulo 33

Quase por acidente 


Capítulo 33 
Lali - eu não sei como ele faz pra ficar bem, e atirando pra todo lado um dia depois da gente ter terminado! Juro que não sei!
Peter - não sabe mesmo? Ou prefere não pensar nisso?
Lali - prefiro não pensar! É horrível saber que... entregou tudo a alguém e... Não te deram valor... - Uma lágrima escorreu de seus olhos. Acompanhei a amargura de seu olhar, quase como se pudesse sentir o mesmo que ela. Engoli seco ao deduzir sobre o que ela estava falando, e senti um aperto no coração, sem saber exatamente o motivo. Se pela sua dor, se pela sua entrega total à ele, ou raiva, não sei! Me senti inútil.
Peter - Não... Não chora... - Foi a única coisa que pude dizer, quando vi que seus olhos estavam ainda mais mareados. Ela se afastou pra perto de mim e me abraçou, sem controlar por nenhum segundo mais sua angústia. Apertei os olhos, e tentei não pensar na raiva que estava sentindo dele. Queria ajudá-la mas não havia como.
Lali - eu não sei o que eu fiz de errado... Não sei por que ele mudou tanto, tão de repente... - Passei os braços pelas suas costas, e a apertei contra mim.
Peter - Não... Você não pode pensar assim! Lali, se você tem consciência de que deu o melhor de si, é isso o que importa! Tenho certeza que foi uma namorada maravilhosa, assim como é como amiga, como pessoa... ok? Você não tem culpa se ele é um canalha! Você não tem culpa de nada...
Lali - não sabe como eu me arrependo... Não tem nada pior do que isso... - Ela escondeu o rosto na minha blusa, com certeza envergonhada. Passei a mão por seus cabelos, e encostei o queixo em sua cabeça.
Peter - olha... Sei que pra vocês, mulheres, isso é muito importante... E bom, você tem que pensar que o que você fez foi por amor... Você não fez nada de errado, você amou de verdade... Esse namoro não deu certo, mas vão vir outros, e você vai achar alguém que te mereça! O importante é fazer o que o coração manda e você fez, e ninguém pode te julgar por isso! - Senti ela apertar minha camisa em sua mão.

Lali - No começo sim... Mas depois tudo virou um pesadelo... - Ela se afastou um pouco. A maquiagem estava borrada, e a ponta do nariz avermelhada; - Ele ficou muito exigente, e muito agressivo... Ele chegou a me forçar algumas vezes... - Sua testa enrugou novamente, e ela soluçou antes de continuar falando. - E eu me senti muito mal, me sentia um lixo!
Peter - não acredito... Não posso acreditar! - Cerrei o pulso, e respirei fundo. Estava mais difícil segurar o ódio que eu estava sentindo por ele, agora mais do que nunca.
Lali - E o Jaime leu isso no meu diário... - Entendi tudo daí então, só não entendi por que ele não foi lá dar uma surra naquele imundo. Eu sabia agora também, que ela tinha errado por ter ficado com ele depois disso, mas eu não era ninguém pra julgá-la. E nem queria, por que ela estava sofrendo o suficiente. Respirei fundo.
Peter - eu não sei o que eu teria feito no lugar dele... Mas com certeza eu não deixaria barato...
Lali - você não fez nada quando ele armou pra você, por que faria agora?
Peter - por que... Eu não queria descer ao nível dele, sujar minhas mãos com ele... Mas agora isso não me importa! - Fechei os olhos e bati na cama, depois olhei pra ela novamente, sem conseguir imaginar como alguém podia ser capaz de machucar a pessoa mais maravilhosa desse mundo.
Lali - calma, ok? Isso já é passado... - Ela suspirou.
Peter - juro que nunca odiei alguém como o odeio! Ele te machucou e eu não vou perdoar! - Confesso que me arrependi por ter dito isso em voz alta. Eu tinha medo que meus sentimentos ficassem óbvios demais até mesmo pra ela, mas não consegui.
Lali - obrigada P
oter... Eu não tinha dito isso pra ninguém, nem pras minhas amigas... Você ta sendo incrível comigo! - Ela engoliu mais algumas lágrimas e me abraçou de novo.

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