Capítulo 31
A voz de Peter retalhou seus devaneios.
— Vamos lá para fora — falou ele para Miguel, que se sacudia nos seus braços. — Nós podemos assistir primo Nico trabalhando.
— Talvez possamos fazer um piquenique mais tarde — sugeriu Lali. — Encomendar alguma coisa para o chef.
— Pra mim está ótimo. E quanto a você, parceiro?
Miguel demonstrou sua aprovação com um sorriso, e eles deixaram o estábulo.
No rancho contemplava-se belas paisagens e lindos sons da natureza. Numa arena próxima, Nico treinava seu aluno, um jovem rapaz, exortando-o a trotar numa cadência firme.
Chester se enquadrava na cena, também. O vira-latas se refestelava na sombra, bocejando escancaradamente.
Peter se deteve para cumprimentar seu animal de estimação.
— O que você está fazendo, Ches?
Lali espiou o cachorro.
— Um monte de coisa nenhuma, a julgar pela aparência dele. O Senhor Preguiça em pessoa.
— Ca... ca... ca — disse Miguel, fazendo coro na conversa.
— Isso quer dizer papai? — perguntou Peter.
— Na verdade... — ela fez uma pausa, encontrando a antecipação nos olhos dele — isso significa cachorro.
— Ah. — Sua voz esmaeceu.
— Mas pode significar papai, também. — Lali se aproximou dele, com a necessidade de manter viva a conexão familiar.
— Papai-cachorro, né? — Peter achou graça. — Eu acho que vou passar essa adiante para Vico
— Peter. — Com uma repreensão brincalhona, ela bateu no seu braço.
A expressão dele se tornou séria.
— Ele vai ligar em breve, não vai?
— Vai. — Sabia que iria começar a se preocupar em relação ao irmão, a pensar nele com compaixão. — Vai ser bom ouvir a voz do Vico.
Eles se dirigiram à arena, e ficaram apoiados na grade da cerca.
Miguel observava o homem montado sobre o cavalo, e Lali relembrava dias despreocupados. Manhãs nas quais ela, Vico e Peter costumavam cavalgar pelas trilhas nas colinas.
— Fico feliz de saber que você vai ensinar Miguel a montar algum dia — disse Lali.
— É. Todos os bebês indígenas deveriam ser vaqueiros.
— Ou vaqueiras — acrescentou ela.
Horas depois, eles retornaram à casa de fazenda, um Miguel adormecido a reboque. Lali o acomodou para um cochilo e se juntou a Peter na sala de estar.
A expressão no rosto de Peter se tornou sombria.
— O que foi? — inquiriu Lali.
— Era Halloway. — Peter deu um pigarro, lançando para ela um olhar confuso.— Cande morreu esta manhã.
Lali teve um sobressalto. Ela sabia que aquilo estava prestes a acontecer, mas ainda assim doeu.
— O enterro é na terça. Halloway disse que nós não somos bem-vindos. Ele não nos quer por lá.
Uma torrente de lágrimas escorreu dos olhos de Lali ,Cande tinha mesmo partido. Não haveria mais despedidas.
E então um outro pensamento se infiltrou na sua mente, envolvendo a si mesmo em torno do coração dela.
Cande estava com o outro pônei agora, cuidando da criança que Lali havia perdido.
O filho de Peter
Agarrando-se ao consolo do paraíso, Lali se moveu para ficar ao lado de Peter. Naquele instante, ela prometeu a si mesma que contaria a Peter tudo a respeito do bebê.
Algum dia. Quando chegasse a hora certa...
— Vamos lá para fora — falou ele para Miguel, que se sacudia nos seus braços. — Nós podemos assistir primo Nico trabalhando.
— Talvez possamos fazer um piquenique mais tarde — sugeriu Lali. — Encomendar alguma coisa para o chef.
— Pra mim está ótimo. E quanto a você, parceiro?
Miguel demonstrou sua aprovação com um sorriso, e eles deixaram o estábulo.
No rancho contemplava-se belas paisagens e lindos sons da natureza. Numa arena próxima, Nico treinava seu aluno, um jovem rapaz, exortando-o a trotar numa cadência firme.
Chester se enquadrava na cena, também. O vira-latas se refestelava na sombra, bocejando escancaradamente.
Peter se deteve para cumprimentar seu animal de estimação.
— O que você está fazendo, Ches?
Lali espiou o cachorro.
— Um monte de coisa nenhuma, a julgar pela aparência dele. O Senhor Preguiça em pessoa.
— Ca... ca... ca — disse Miguel, fazendo coro na conversa.
— Isso quer dizer papai? — perguntou Peter.
— Na verdade... — ela fez uma pausa, encontrando a antecipação nos olhos dele — isso significa cachorro.
— Ah. — Sua voz esmaeceu.
— Mas pode significar papai, também. — Lali se aproximou dele, com a necessidade de manter viva a conexão familiar.
— Papai-cachorro, né? — Peter achou graça. — Eu acho que vou passar essa adiante para Vico
— Peter. — Com uma repreensão brincalhona, ela bateu no seu braço.
A expressão dele se tornou séria.
— Ele vai ligar em breve, não vai?
— Vai. — Sabia que iria começar a se preocupar em relação ao irmão, a pensar nele com compaixão. — Vai ser bom ouvir a voz do Vico.
Eles se dirigiram à arena, e ficaram apoiados na grade da cerca.
Miguel observava o homem montado sobre o cavalo, e Lali relembrava dias despreocupados. Manhãs nas quais ela, Vico e Peter costumavam cavalgar pelas trilhas nas colinas.
— Fico feliz de saber que você vai ensinar Miguel a montar algum dia — disse Lali.
— É. Todos os bebês indígenas deveriam ser vaqueiros.
— Ou vaqueiras — acrescentou ela.
Horas depois, eles retornaram à casa de fazenda, um Miguel adormecido a reboque. Lali o acomodou para um cochilo e se juntou a Peter na sala de estar.
A expressão no rosto de Peter se tornou sombria.
— O que foi? — inquiriu Lali.
— Era Halloway. — Peter deu um pigarro, lançando para ela um olhar confuso.— Cande morreu esta manhã.
Lali teve um sobressalto. Ela sabia que aquilo estava prestes a acontecer, mas ainda assim doeu.
— O enterro é na terça. Halloway disse que nós não somos bem-vindos. Ele não nos quer por lá.
Uma torrente de lágrimas escorreu dos olhos de Lali ,Cande tinha mesmo partido. Não haveria mais despedidas.
E então um outro pensamento se infiltrou na sua mente, envolvendo a si mesmo em torno do coração dela.
Cande estava com o outro pônei agora, cuidando da criança que Lali havia perdido.
O filho de Peter
Agarrando-se ao consolo do paraíso, Lali se moveu para ficar ao lado de Peter. Naquele instante, ela prometeu a si mesma que contaria a Peter tudo a respeito do bebê.
Algum dia. Quando chegasse a hora certa...
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