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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Identidade Secreta - Capítulo 42

Identidade Secreta



Capítulo 42 - Escuridão


Que grande atriz era, lá estava ela, diante do piano, cantando uma das doces canções que ele havia amado. “Dime porqué” uma musica que fala de dor por um amor perdido.  Que linda e suave era diante daquele piano, cantava com o coração deixando todos emocionados. Até parecia que estava embriagada de amor. Ele sabe melhor do que ninguém que ela não sabia o que era isso. Ela só era uma qualquer que manipulava corações. No lugar de um Grammy deveriam dá-la um Oscar. Se até estava chorando e inclusive parecia devastada. Se não soubesse que era tão vulgar, seria a mulher perfeita para ele. Levantou-se do seu assento. Havia conseguido um passe para estar nos bastidores e tinha que aproveitar qualquer momento, qualquer em que ela estivesse sozinha para conseguir seu objetivo. Devia tirá-la de lá sem ser visto pelos corredores. A levaria a um lugar onde ninguém a encontraria, até que o cheiro de seu corpo mutilado e pútrido por causa da decomposição e os ratos, alertasse alguém. Se por uma casualidade houvesse a possibilidade de que a reconhecessem quando acabasse com ela, os ratos acabariam seu trabalho por ele.  

Foi até os bastidores, onde se encontrou com alguns famosos, para depois se esconder em um canto escuro de uns dos corredores. Ela teria que passar por ali para voltar à área dos assentos...



Não havia sido consciente de que tinha que subir ao palco até que Nico V a cutucou fazendo-a levantar a vista. Um foco de luz a iluminava, todos olhavam para ela, sentia que não podia se mover, sua pernas tremiam como nunca haviam feito. Reuniu forças. Já havia umas semanas que se sentia débil, sem apetite, e juntando com o estresse que havia experimentado nestes últimos dias, parecia tê-la esgotado mais.

Levantou rapidamente respirando fundo e uma tontura a sacudiu, o que acontecia ultimamente quando se movia mais do que o normal. Nico a olhou preocupado. E como uma sombra, avançou em direção ao palco sob os olhares atentos de todos que estavam ali presentes. Aplaudiam com força, mas Lali nem sabia que premio lhe seria entregue; de repente já não significava nada para ela. Só queria pegar o premio, seja lá qual for, desejando que acabasse logo para poder sair de lá, ir à algum lugar onde ninguém pudesse encontrá-la, onde a dor e o medo não pudesse alcançá-la.

Chegou ao palco e pegou o premio entre suas mãos. Leu a plaquinha “álbum do ano”. Era o premio de Peter, o premio dos dois, já que Lali não havia escrito todas as musicas. Ambos deveriam estar ali para recebê-lo, compositor e cantora. Iniciou-se uma dor em seu peito, mas tratou de sorrir felizmente enquanto pronunciava umas palavras e agradecimentos em seu nome e no de Peter. Foi o mais difícil que havia feito em sua vida. Saiu pela lateral do palco onde havia um corredor que levava a sala dos fundos, onde teria que enfrentar as perguntas e fotos dos jornalistas. Parou na entrada do corredor, indecisa, parecia um filme de terror. Não havia ninguém naquele corredor e havia pouquíssima luz o que deixava o lugar com um aspecto sinistro. Decidida avançou pelo escuro corredor.  Fazendo com que o barulho dos seus salto alto ressoasse causando um eco assustador. Se sentia tão só naquele lugar.

Virou-se rapidamente, havia tido a sensação de ter algo se movendo atrás dela. Forçou os olhos para tentar distinguir algo entre as sombras... algo ou alguém. Ao não ver nada se convenceu de que estava sozinha. Respirou fundo tentando acalmar sua respiração que estava agitada, o medo estava lhe fazendo ver perigo onde não havia.

Voltou a caminhar, desta vez com passos mais rápidos. Esse era o corredor mais largo que havia visto em sua vida.

Um sussurro. Foi aí que parou novamente, apertando com força o premio que estava entre suas mãos. Tinha certeza que havia ouvido algo, algo que não era fruto da sua imaginação. Um suor frio a cobriu da cabeça aos pés, e correu... correu a toda velocidade apesar dos saltos altos, da dor no peito e do vestido que se enroscava em suas pernas em suas pernas. Ouvia uma respiração atrás dela, uns passos correndo, estava muito perto da saída, da luz, da segurança. Nunca voltaria a falar mal da imprensa se chegasse até eles. Com um amargo pânico descendo pela garganta voltou a olhar para trás e então o vestido se enroscou em suas pernas e notou que ia cair. Duas mãos como o aço a seguraram, endireitando-a. Fechou os olhos e começou a se debater com força, desta vez não iriam permitir que a levassem sem lutar. Se iriam violá-la e matá-la, se defenderia com unhas e dentes. Os dois braços continuaram segurando-a e ela seguia golpeando sem olha na cara do agressor, até que ele a balançou fortemente deixou-a debilitada. Alguém a segurava com força imobilizando-a, mesmo assim não tinha medo, o peso da aceitação devia ter caído sobre ela. Abriu os olhos para se encontrar com uma camisa preta, foi subindo para ver o rosto e os olhos mais cheios de raiva que nunca havia visto. Seu coração acelerou mais e mais. Entreabriu os lábios para dizer algo, mas as palavras morreram em sua garganta. Sentia-se tonta, fraca. Suas pernas apenas a deixavam em pé quando perdeu o equilíbrio. Aqueles braços de aço a apertaram até quase chegar ao ponto de machucá-la...



XxX: Assustada? (Mariana se sentia assustada e surpresa) Me alegro



Mariana não soube o que aconteceu depois, antes de chegar a um lugar onde só havia escuridão.

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