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segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Identidade Secreta - Capítulo 45

Identidade Secreta



Capítulo 45 - A salva


Peter se sentou na cama sobressaltado. Estava com a sensação de que algo ruim acontecia com Mariana. Sacudiu a cabeça para tentar tirar isso da cabeça. Alem disso, ela já não era sua responsabilidade.

Olhou a hora no relógio, eram quase as 4:00 AM. Levantou-se pesadamente da cama e se serviu um copo de água. Distraidamente caminhou até a janela. A noite era bem escura, sem lua, inclusive as luzes dos carros pareciam que não iluminavam a rua. Levantou a vista estudando as janelas do hotel e, imediatamente, seus olhos foram direto ao quarto de Mariana. 






(De azul o quarto de Peter , de vermelho o de Lali)





Se surpreendeu ao ver que a luz estava acesa. Colocou a cabeça para fora e forçou os olhos, tentando vislumbrá-la através do vidro para saber o que estava fazendo. Foi então que seu copo caiu no chão se quebrando em vários pedaços. Mariana havia caído no chão sendo tapada por um corpo maior que o seu. Peter não parou para pensar em nada, simplesmente agarrou seu jeans no caminho e saiu pelo corredor do hotel. Seu quarto estava à um corredor e meio do da cantora, um pouco longe para ele naquele momento. Saiu correndo sem se importar com o que as pessoas que passavam por ele poderiam pensar. Só uma vez havia tido tanto medo de que acontecesse algo com ela, essa vez havia sido durante o tiroteio na ilha e infelizmente estava sentindo isso outra vez. Alcançou a porta do quarto, pegou na maçaneta para verificar se estava aberta ou não. Esperava ter que arrombar aporta, mas ao encostar na maçaneta a entrada se abriu lentamente revelando a imagem grotesca que havia dentro. Não pensou, apesar de sempre terem lhe dito que para lutar, os sentimentos não podiam influenciar. Mas nesse momento ele estava com muita raiva para poder se tranquilizar. Mariano Torre estava seminu montado sobre Mariana, que estava completamente nua. O filho da put* estava tentando estrangulá-la! Peter estava com tanta raiva acumulada que em dois passos já estava atrás e com a força bruta que a ira lhe fornecia, o levantou pelo cabelo, lançando-o com tudo contra a parede, tendo a certeza de que batia a cabeça com força. Não esperou ver como Mariano caia no chão. Se ajoelhou ao lado de Mariana, que estava pálida, com os lábios ligeiramente roxos e a deixou sentada no chão com as costas apoiada em braço. Os batimentos cardíacos dela estavam fracos, pior, nem estava respirando. A deitou novamente no chão, tapou o nariz dela e começou a fazer respiração boca a boca, começando a passar para seus pulmões, verificando todo se já havia voltado a respirar. Foram os segundos mais angustiantes de sua vida. Os segundos das orações direcionadas ao céu, suplicando que seu ar fosse o suficiente para que voltasse à vida.  Até que de repente... Ela começou a tossir e abriu os olhos e o olhou. Mariana deu um sorriso fraco antes de ficar inconsciente, mas já estava respirando. A levantou em seus braços, para levá-la até a cama, mas havia dado apenas uns 5 passos quando sentiu um forte impacto em sua costela. O ar saiu dos seus pulmões. Ele tropeçou atordoado, mas antes conseguiu dar outro passo e cair na cama com Mariana embaixo dele. Se sentou pesadamente e escorregou até o chão, lutando por respirar. Havia cometido um erro grave, tinha dado as costas para o inimigo com a intenção de salvá-la. Se levantou devagar, no tempo justo para ver como um candelabro voava em direção a sua cabeça. Esquivou-se, mas o objeto acabou golpeando seu ombro que já estava machucado causando uma dor terrível. Possivelmente havia deslocado de novo. Ainda assim permaneceu em pé encarando seu atacante...



Mariano: Vc me interrompeu pela ultima vez, garoto (falou com desprezo) Por seu ato de querer proteger uma vagabunda como ela, vou te matar junto.



Assombrado, Peter não foi capaz de esquivar devido a dor do ombro e acabou sendo lançado contra a parede, enquanto um punho golpeava seu rosto. Mas nem a dor conseguiu superar sua raiva naquele momento e desta vez conseguiu esquivar o ataque e acertar um murro de esquerda no estomago de Mariano que, surpreendido, se dobrou pela metade, agarrando a barriga com força. Peter se limpou o sangue que caia da sua boca, sua mandíbula estava doendo horrores. Mariano o olhou com raiva e correu pra cima dele...

A partir daí tudo o que Peter lembraria depois estava confuso em sua mente. Lutou contra aquele ser ao que a loucura parecia dar uma força e resistências sobre-humanas. Lembrava-se de golpes difusos e de ter se batido contra uma das janelas quebrando o vidro. Cada vez estava mais esgotado e mesmo assim, Mariano continuava. Não soube como acabou na mesma situação em que Mariana havia estado, com ele tentando lhe estrangular no chão. Só sabia que não podia fracassar, que não podia deixar Mariana nas mãos desse louco. Tentou se virar, de lutar contra ele, de se soltar desses alicates que se fechava sobre sua garganta, tirando-lhe o ar aos poucos. Quase não lhe restavam forças, só via aqueles olhos negros que brilhavam de raiva. Seus pulmões doíam e não podia respirar...



Mariano: Logo vc estará morto e ela será minha... a penetrarei e a farei gemer como uma prostituta suja. A deixarei louca de desejo... em seguida, darei a aparência que ela merece. Machucarei seu lindo corpo e a deixarei tão destruída que ninguém será capaz de reconhecer o monstro em que se transformou. E quando me suplique uma morte rápida, vou fazê-la beber um veneno que a deixará se contorcendo durante horas em meio de tanta dor.



Uma fúria cega se apoderou de Peter, tão cega que pra ele não importava morrer, contanto que esse monstro não ficasse com vida para não fazer Mariana sofrer. Olhou para o lado e se encontrou com os cacos de vidro da janela que havia quebrado, pegou o maior caco que conseguiu e com a força que a raiva lhe deu, o empurrou, cravando o caco na barriga do senhor Torre, conseguindo assim se soltar. Mariano abriu os olhos surpreendido. Os pulmões de Peter doeram diante da repentina entrada de ar, mas se levantou e foi capaz de pregar um chute em seu oponente o fazendo se bater na parede onde ficava a janela. Estando em baixo da janela, Mariano esticou os braços até a mesma, tentando segurar em algo, que o ajudar a se levantar. Com uma expressão contorcida em uma careta de incredulidade. Peter fechou os olhos, mas ainda pôde escutar um gemido abafado. Lentamente abriu os olhos e aturdido olhou ao redor, para descobrir que a metade do corpo de Mariano estava para fora da janela com um enorme e afiado vidro atravessado em seu estomago. Peter limpou o sangue que descia da sua boca e agarrou o ombro com força. Sentia a cabeça maçante e o pescoço dolorido. Com certeza no dia seguinte teria vários hematomas. Tropeçou avançando para a janela.  O sangue corria aos borbotões da boca de Mariano e em seus olhos havia ficado uma expressão de surpresa muda. A vida havia abandonado aquele corpo.

Peter caiu no chão, esgotado, antes que tudo voltasse a escurecer, o único que podia pensar era que, finalmente, Mariana estava a salva e que tudo havia acabado




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