A história de Lali e Jazmin
Lali e
Jazmin estavam em plena guerra. Mesmo na semana de Natal, dois países conseguiam guerrear.
Honrando o nome de seu pai, as duas descansavam depois da vitória em suas
cabanas.
Jazmin_ Conseguimos... – ela chorava enquanto
lavava as mãos cheias de sangue numa bica que passava pelo quarto – honramos
nosso pai.
Lali_ Jazmin, eu ainda acho... – Lali estava
sentada em sua cama, quando Jazmin se vira para ela e a interrompe.
Jazmin_ Não ache nada Lali. Nós o honramos e
pronto. Os que morreram não eram bons...
Lali_ Jazmin... pense no papai! Ele não morreu
matando gente! Ele morreu esmagado por entulhos, tentando salvar os moradores
desse país de um desabamento. – ela se levanta e se olha no espelho, levava fuligem
no rosto e uma grande tristeza em seus olhos negros. – Você querendo ou não...
agora somos monstros... – ela limpa suas lágrimas, deixando um rastro de
sangue, vindo de suas mãos, por baixo de seus olhos.
Jazmin_ FIZEMOS O QUE DEVIAMOS! Ele se matou pra
salvar aqueles desgraçados e quando foi soterrado os mal agradecidos nem
serviram pra prestar os primeiros socorros. Eu respeito que você se arrependa
do que fez, só que EU me sinto orgulhosa e sei que vinguei meu pai Lali. – Lali
se cala em frente à Jazmin que gritava e parecia uma criança presa em uma bolha
impenetrável.
Lali*em pensamento_ Ainda não sei como me arrastou
pra cá! Eu matei, matei famílias, mulheres, crianças, dois dias antes do Natal.
Eu não sei o que fiz, só sei que não foi justiça. – ela praticamente desaba no
chão em frente ao espelho.
Jazmin_ Vamos! Levante-se, amanhã voltamos pra casa
pra comemorar.
Lali_ Não!
Jazmin_ O que disse? Repete!
Lali_ NÃO! – ela se levanta – Eu passei todos esses
anos te escutando e te pedindo conselhos, achava que porque era minha irmã mais
velha sabia mais! Te deixei mandar em mim e mudar minha cabeça, fazendo eu ser
o que não era! Só que agora... bem agora eu percebi que você não sabe é nada!
Você pode ter 20 anos e eu ter 18, mas tenho certeza que entendo mais da
realidade do que você! – Lali pega suas malas, que já estavam arrumadas e leva
até a porta.
Jazmin_ Aonde vai? Só vamos pra casa amanhã.
Lali_ Corrigindo, VOCÊ vai pra casa amanhã! Não vou
ter coragem de olhar nos olhos da minha mãe e ainda por cima comemorar pelo que
fizemos! Antes de dar 00:00 do dia 25, lembre-se do que papai nos disse antes
de morrer – Lali sai.
No dia seguinte...
Jazmin
volta pra casa. Ela chega no portão e solta um suspiro.
Jazmin_ Lali, não sabe o quanto eu me sinto culpada
por você ir, mas ir atrás de você eu não vou! – ela entra em casa e dá um
grande abraço em sua mãe.
Emilia_ Oi princesa! Cadê a Lali?
Jazmin_ Ela não veio... – elas param de se abraçar.
Emilia_ Só que ela volta pro Natal, não?
Jazmin_ Mãe, você não entendeu! Ela não voltou, fugiu
ontem a noite.
Emilia_ Como assim? Que motivos ela tinha? Vocês
ganharam, temos que comemorar querida.
Jazmin_ Ela tem a cabeça do papai! Foi embora e eu
não a impedi. Ela já tem 18 anos e pode entender muito bem o que faz ou deixa
de fazer mãe! Se ela não quer comemorar e quer ficar se arrependendo do que
fez, não sou eu que vou mudar a cabeça dela.
Emilia_ Ela volta! Daqui a pouco a neve começa a
cair, ela não pode ficar vagando pelas ruas sem rumo! Ela sempre faz manha, só
que ela nunca passou um Natal sem nós, ela não conseguiria...
Jazmin_ Gosto de acreditar que você quem razão... –
Jazmin sobe para desarrumar as malas.
Horas
depois, à noite...
Jazmin
estava em sua cama, olhando fixamente a cama de Lali, INTÁCTA! Ela chacoalhava
um globo de neve em suas mãos. Dentro dele tinha uma casa, dentro dela se
podiam enxergar 4 pessoas:um homem, uma mulher e duas crianças. O globo era
antigo, o pai dela fez para ela e Lali se lembrarem dele quando ele estivesse
em serviço.
Flash Back
Pai_
Lembrem-se. Eu posso não estar aqui... mas sempre estarei em seus corações. E
quando eu for embora pra sempre, quero que se lembrem de que sempre estarei
olhando vocês lá do céu! E Lali, quero que saiba que se o papai for embora, não
culpe as outras pessoas e muito menos se culpe. Simplesmente saiba que cada um
tem sua hora e nada pode mudar o destino... – parecia que ele sabia o que iria
acontecer.
Lali_
Vou lembrar disso papai. – ela tinha só 5 anos – Quero que no próximo Natal
você possa ficar com agente e abrir os presentes que o papai Noel deixar pra
você, viu?
Jazmin_
E eu quero que você volte logo, antes que o peru de Natal acabe... Sabe? – ela
chega perto do ouvido do pai, ele estava ajoelhado – A mamãe anda comendo toda
a comida da panela esses dias... – O pai ri.
Fim do Flash Back
Jazmin
chacoalha mais o globo.
Jazmin_ Nós cantemos com alegria, falalalala,
lalalala... – ela coloca o globo em cima da cômoda de Lali.
Flash Back
Lali_
NÃO! – ela se levanta – Eu passei todos esses anos te escutando e te pedindo
conselhos, achava que porque era minha irmã mais velha sabia mais! Te deixei
mandar em mim e mudar minha cabeça, fazendo eu ser o que não era! Só que
agora... bem agora eu percebi que você não sabe é nada! Você pode ter 20 anos e
eu ter 18, mas tenho certeza que entendo mais da realidade do que você! – Lali
pega suas malas, que já estavam arrumadas e leva até a porta.
Jazmin_
Aonde vai? Só vamos pra casa amanhã.
Lali_
Corrigindo, VOCÊ vai pra casa amanhã! Não vou ter coragem de olhar nos olhos da
minha mãe e ainda por cima comemorar pelo que fizemos! Antes de dar 00:00 do
dia 25, lembre-se do que papai nos disse antes de morrer – Lali sai.
Fim do Flash Back
Jazmin_ Então era disso que você estava falando?
Você tem razão, odeio admitir, mas somos mesmo monstros. Ai Jazmin, por que
você demorou tanto pra cair na real? Ai meu Deus, agora eu estou vendo como a
Lali me olhava, ela quase nunca me olhava com amor, ela me olhava com agonia.
Eu mandava nela como se ela fosse uma escrava. Será que ainda consigo
encontrá-la? – ela pensa um pouco – Mãeeeeeee! Vou sair. – ela coloca um casaco
bem reforçado. Desce os degraus da casa correndo e dá um suspiro antes de abrir
a porta. – Tomara que você não tenha ido tão longe maninha! – ela sai de casa e
imediatamente sente os flocos de neve em seu rosto.
Jazmin
passa a noite em claro. Ela procura a irmã por toda a cidade. Já eram 8:00 da
manhã e nada da Lali, ela estava dormindo na porta de uma casa, ou o que fosse
aquela propriedade, quando chega alguém e a acorda.
Jazmin_ Sai daqui Lali! Eu quero dormir...
Nicolas_ Eu não sou a Lali princesa, mas posso ser
o que você quiser... – Jazmin abre um dos olhos, depois que vê que Nicolas não
tinha aparência de ladrão nem nada ela se levanta.
Jazmin_ O que eu quiser? Nesse momento o que eu
mais quero é encontrar a minha irmã...
Nicolas_ Também posso te ajudar nisso...
Jazmin_ Mesmo?
Nicolas_ Mesmo mesmo! Só que temos que entrar,
porque só lá tem telefone e você dormiu debaixo da neve!
Jazmin_ Ah é! Quase me esqueci da neve. O que é
esse lugar? – ela aponta para um lugar visivelmente abatido, com uma placa de
identificação totalmente desgastada e coberta por neve. Nicolas tira a neve de
cima da placa, tornando as letras um pouco visíveis.
Jazmin_ Or... orfã.. orfanato... Lu...luz... cin..
ti...cintilante.Orfanato luz cintilante. Você mora aqui?
Nicolas_ Não, mas poderia morar.
Jazmin_ Não entendi.
Nicolas_ E nem precisa entender. – ele leva Jazmin
para dentro do orfanato.
Doze
horas depois...
Thiago, Emilia, Lali, Jazmin, Gastón, Nicolas, as
crianças do orfanato, Claudete, Florência e Gime_ FELIZ NATAL! – eles fazem um
brinde com champanhe para os adultos e champanhe sem álcool para as crianças.
No
próximo capítulo vamos conferir a história de Nicolas...
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