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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Um Natal nada perfeito - Capítulo 1

Um Natal nada perfeito



A história de Lali e Jazmin




     Lali e Jazmin estavam em plena guerra. Mesmo na semana de  Natal, dois países conseguiam guerrear. Honrando o nome de seu pai, as duas descansavam depois da vitória em suas cabanas.

Jazmin_ Conseguimos... – ela chorava enquanto lavava as mãos cheias de sangue numa bica que passava pelo quarto – honramos nosso pai.
Lali_ Jazmin, eu ainda acho... – Lali estava sentada em sua cama, quando Jazmin se vira para ela e a interrompe.
Jazmin_ Não ache nada Lali. Nós o honramos e pronto. Os que morreram não eram bons...
Lali_ Jazmin... pense no papai! Ele não morreu matando gente! Ele morreu esmagado por entulhos, tentando salvar os moradores desse país de um desabamento. – ela se levanta e se olha no espelho, levava fuligem no rosto e uma grande tristeza em seus olhos negros. – Você querendo ou não... agora somos monstros... – ela limpa suas lágrimas, deixando um rastro de sangue, vindo de suas mãos, por baixo de seus olhos.
Jazmin_ FIZEMOS O QUE DEVIAMOS! Ele se matou pra salvar aqueles desgraçados e quando foi soterrado os mal agradecidos nem serviram pra prestar os primeiros socorros. Eu respeito que você se arrependa do que fez, só que EU me sinto orgulhosa e sei que vinguei meu pai Lali. – Lali se cala em frente à Jazmin que gritava e parecia uma criança presa em uma bolha impenetrável.
Lali*em pensamento_ Ainda não sei como me arrastou pra cá! Eu matei, matei famílias, mulheres, crianças, dois dias antes do Natal. Eu não sei o que fiz, só sei que não foi justiça. – ela praticamente desaba no chão em frente ao espelho.
Jazmin_ Vamos! Levante-se, amanhã voltamos pra casa pra comemorar.
Lali_ Não!
Jazmin_ O que disse? Repete!
Lali_ NÃO! – ela se levanta – Eu passei todos esses anos te escutando e te pedindo conselhos, achava que porque era minha irmã mais velha sabia mais! Te deixei mandar em mim e mudar minha cabeça, fazendo eu ser o que não era! Só que agora... bem agora eu percebi que você não sabe é nada! Você pode ter 20 anos e eu ter 18, mas tenho certeza que entendo mais da realidade do que você! – Lali pega suas malas, que já estavam arrumadas e leva até a porta.
Jazmin_ Aonde vai? Só vamos pra casa amanhã.
Lali_ Corrigindo, VOCÊ vai pra casa amanhã! Não vou ter coragem de olhar nos olhos da minha mãe e ainda por cima comemorar pelo que fizemos! Antes de dar 00:00 do dia 25, lembre-se do que papai nos disse antes de morrer – Lali sai.

     No dia seguinte...

     Jazmin volta pra casa. Ela chega no portão e solta um suspiro.

Jazmin_ Lali, não sabe o quanto eu me sinto culpada por você ir, mas ir atrás de você eu não vou! – ela entra em casa e dá um grande abraço em sua mãe.
Emilia_ Oi princesa! Cadê a Lali?
Jazmin_ Ela não veio... – elas param de se abraçar.
Emilia_ Só que ela volta pro Natal, não?
Jazmin_ Mãe, você não entendeu! Ela não voltou, fugiu ontem a noite.
Emilia_ Como assim? Que motivos ela tinha? Vocês ganharam, temos que comemorar querida.
Jazmin_ Ela tem a cabeça do papai! Foi embora e eu não a impedi. Ela já tem 18 anos e pode entender muito bem o que faz ou deixa de fazer mãe! Se ela não quer comemorar e quer ficar se arrependendo do que fez, não sou eu que vou mudar a cabeça dela.
Emilia_ Ela volta! Daqui a pouco a neve começa a cair, ela não pode ficar vagando pelas ruas sem rumo! Ela sempre faz manha, só que ela nunca passou um Natal sem nós, ela não conseguiria...
Jazmin_ Gosto de acreditar que você quem razão... – Jazmin sobe para desarrumar as malas.

     Horas depois, à noite...

    Jazmin estava em sua cama, olhando fixamente a cama de Lali, INTÁCTA! Ela chacoalhava um globo de neve em suas mãos. Dentro dele tinha uma casa, dentro dela se podiam enxergar 4 pessoas:um homem, uma mulher e duas crianças. O globo era antigo, o pai dela fez para ela e Lali se lembrarem dele quando ele estivesse em serviço.

Flash Back

Pai_ Lembrem-se. Eu posso não estar aqui... mas sempre estarei em seus corações. E quando eu for embora pra sempre, quero que se lembrem de que sempre estarei olhando vocês lá do céu! E Lali, quero que saiba que se o papai for embora, não culpe as outras pessoas e muito menos se culpe. Simplesmente saiba que cada um tem sua hora e nada pode mudar o destino... – parecia que ele sabia o que iria acontecer.
Lali_ Vou lembrar disso papai. – ela tinha só 5 anos – Quero que no próximo Natal você possa ficar com agente e abrir os presentes que o papai Noel deixar pra você, viu?
Jazmin_ E eu quero que você volte logo, antes que o peru de Natal acabe... Sabe? – ela chega perto do ouvido do pai, ele estava ajoelhado – A mamãe anda comendo toda a comida da panela esses dias... – O pai ri.

Fim do Flash Back

     Jazmin chacoalha mais o globo.

Jazmin_ Nós cantemos com alegria, falalalala, lalalala... – ela coloca o globo em cima da cômoda de Lali.

Flash Back

Lali_ NÃO! – ela se levanta – Eu passei todos esses anos te escutando e te pedindo conselhos, achava que porque era minha irmã mais velha sabia mais! Te deixei mandar em mim e mudar minha cabeça, fazendo eu ser o que não era! Só que agora... bem agora eu percebi que você não sabe é nada! Você pode ter 20 anos e eu ter 18, mas tenho certeza que entendo mais da realidade do que você! – Lali pega suas malas, que já estavam arrumadas e leva até a porta.
Jazmin_ Aonde vai? Só vamos pra casa amanhã.
Lali_ Corrigindo, VOCÊ vai pra casa amanhã! Não vou ter coragem de olhar nos olhos da minha mãe e ainda por cima comemorar pelo que fizemos! Antes de dar 00:00 do dia 25, lembre-se do que papai nos disse antes de morrer – Lali sai.

Fim do Flash Back

Jazmin_ Então era disso que você estava falando? Você tem razão, odeio admitir, mas somos mesmo monstros. Ai Jazmin, por que você demorou tanto pra cair na real? Ai meu Deus, agora eu estou vendo como a Lali me olhava, ela quase nunca me olhava com amor, ela me olhava com agonia. Eu mandava nela como se ela fosse uma escrava. Será que ainda consigo encontrá-la? – ela pensa um pouco – Mãeeeeeee! Vou sair. – ela coloca um casaco bem reforçado. Desce os degraus da casa correndo e dá um suspiro antes de abrir a porta. – Tomara que você não tenha ido tão longe maninha! – ela sai de casa e imediatamente sente os flocos de neve em seu rosto.

     Jazmin passa a noite em claro. Ela procura a irmã por toda a cidade. Já eram 8:00 da manhã e nada da Lali, ela estava dormindo na porta de uma casa, ou o que fosse aquela propriedade, quando chega alguém e a acorda.

Jazmin_ Sai daqui Lali! Eu quero dormir...
Nicolas_ Eu não sou a Lali princesa, mas posso ser o que você quiser... – Jazmin abre um dos olhos, depois que vê que Nicolas não tinha aparência de ladrão nem nada ela se levanta.
Jazmin_ O que eu quiser? Nesse momento o que eu mais quero é encontrar a minha irmã...
Nicolas_ Também posso te ajudar nisso...
Jazmin_ Mesmo?
Nicolas_ Mesmo mesmo! Só que temos que entrar, porque só lá tem telefone e você dormiu debaixo da neve!
Jazmin_ Ah é! Quase me esqueci da neve. O que é esse lugar? – ela aponta para um lugar visivelmente abatido, com uma placa de identificação totalmente desgastada e coberta por neve. Nicolas tira a neve de cima da placa, tornando as letras um pouco visíveis.
Jazmin_ Or... orfã.. orfanato... Lu...luz... cin.. ti...cintilante.Orfanato luz cintilante. Você mora aqui?
Nicolas_ Não, mas poderia morar.
Jazmin_ Não entendi.
Nicolas_ E nem precisa entender. – ele leva Jazmin para dentro do orfanato.

     Doze horas depois...

Thiago, Emilia, Lali, Jazmin, Gastón, Nicolas, as crianças do orfanato, Claudete, Florência e Gime_ FELIZ NATAL! – eles fazem um brinde com champanhe para os adultos e champanhe sem álcool para as crianças.

     No próximo capítulo vamos conferir a história de Nicolas...

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