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sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

A família Lanzani - Capítulo 2

A família Lanzani


Capítulo 2 - É uma longa história...



Lali não respondeu. Ao contrário, remexeu no pijama da criança e ajustou a meia que estava solta, colocando-a de volta no pezinho.

Peter então se aproximou dela, ansioso, esperançoso, apreensivo.

- Perguntei se ele é meu,Lali? - insistiu Peter

Mas em vez de responder, a moça lhe deu as costas e saiu.

- Não podemos conversar lá dentro. Não antes que eu varra a casa para procurar os insetos.

Insetos? Petre fitou Lali atentamente. Compreendeu que ela se referia a equipamentos de escuta eletrônica.

- O que está acontecendo? Em que tipo de encrenca você se meteu?

- Quem está encrencado é o Vico

Pter concordou com a cabeça. O irmão dela sempre se metia em confusão.

- E o menino, é meu filho?

- Miguel é filho do Vico



Sentiu um embrulho no estômago. Então o bebê não era dele. Maldita Lali. A mulher trouxera para sua casa o filho do Vico. O mesmo homem com quem ele proibiu que ela se encontrasse. O ex-condenado que Peter banira de suas vidas.



Por isso, Miguel aparentava possuir ascendência indígena. Afinal, Vico era metade Cherokee, assim como Peter

- E quem é a mãe do garoto?

— O nome dela é Cande

— E onde ela se meteu? E Victorio por falar nisso? O que você está fazendo com o filho deles,Lali?

O ritmo da respiração dela acelerou.

— É uma longa história.



— Óbvio que é. Não se preocupe, eu tenho tempo de sobra.

Lali não poderia explicar, ao menos, não agora. Apontou para a tempestade, para a cortina cerrada formada pela chuva.

— O mundo está desabando lá fora,Pit....Peter Estou cansada e com frio.



E aflita.Temendo não ser capaz de contar sua história a Peter, certamente ele jamais a perdoaria.



Lali já podia notar a dor e a raiva nos olhos dele. Ferir os sentimentos de Peer era algo que nunca desejara. Mas não podia dar as costas ao irmão, nem mesmo por Peter. Por isso, Lali foi para a Califórnia.

A única pessoa que poderia revelar seu segredo era o Dr. Mills, e o gentil e velho médico jamais cometeria a inconfidência de mostrar o prontuário clínico dela a alguém.

Mostraria?

Houve uma época em que Vico e Peter foram amigos inseparáveis. No primário, Lali costumava segui-los por toda parte, de um lado porque estava preocupada com Vico e, de outro, porque se apaixonara por Peter. Ele sempre sorria para Lali, mesmo quando ainda era uma garotinha esquelética e de peito achatado como uma tábua.

Lali ergueu o rosto, encontrando os olhos dele.

Só que agora Peter não estava sorrindo.



 — Peter?



— O quê? — retrucou ele, com rispidez.

— Não use o telefone nem conte para ninguém que estou aqui. Ninguém, nem mesmo o seu primo.

— Por quanto tempo?

— Até que eu consiga proteger sua casa.

— Se o seu irmão me arrastou para alguma coisa ilegal, eu o mato.

Proteger a vida de uma criança poderia parecer um crime para Peter?


Uma nova rajada de chuva o forçou a franzir os olhos outra vez...

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