Capítulo 35
A canção era calma, a atmosfera leve e sensual. Peter abaixou a cabeça para beijá-la, saboreando seu calor, sua doçura, o vinho condimentando seus lábios.
— Eu amo você, Peter.
Sem fôlego, ele quase tropeçou. Peter não se permitia amar Lali, mas isso não eliminava a obsessão, a necessidade, o desespero em desejá-la.
— Só não me abandone novamente — avisou ele.
— Não vou.
— Promete?
— Sim.
Lali afagou seu rosto com os lábios, e Peter rezou para que não estivesse enganando a si mesmo. Que não iria acordar no meio da noite outra vez e descobrir que Lali se fora.
Três dias se passaram, com a primavera deixando o verão cada vez mais perto, com ventos mornos e secos ondulando através das janelas abertas.
Despertando no escuro, Peter revirou-se e procurou Lali. Esticando o braço mais um pouco, alcançou o travesseiro dela. E descobriu que ela não estava lá.
Em pânico, saltou da cama e agarrou o jeans, piscando e aguçando os olhos para enxergar o relógio na cômoda: quatro e cinco da manhã. A lua ainda estava alta.
Checou o banheiro primeiro, depois o quarto do bebê. A criança dormia, mas Lali não estava escondida em qualquer lugar.
Mesmo sabendo que ela jamais deixaria Miguel para trás, Peter não conseguia deter o lampejo do medo que repercutia através das suas veias.
Ansioso demais, abriu repentinamente a porta da frente. Lali estava sentada no balanço, um robe de seda cobria seu corpo e a camisola.
— Droga, Lali Você me assustou. Eu não sabia onde você havia se metido.
— Eu ia acordar você logo — disse ela.
— Por quê?
— Vico ligou.
— Quando?
— O telefone me acordou há mais ou menos uma hora. Ele quer que nós o encontremos. Assim que o sol sair. Na caverna de fumar.
— O que está acontecendo, Lali?
— Não sei. Ele só disse para ter certeza de que ninguém está nos seguindo. E para levar Miguel.
— Naquela trilha? — O caminho estreito para a caverna de fumar, para o lugar secreto onde Vico e Pete costumavam dividir cigarros, só era acessível a pé. — Como ele espera que nós arrastemos Miguel para cima daquele morro?
— Eu tenho um baby bag que Vico utilizava para carregar Miguel por aí. É como uma mochila. Nós podemos usá-lo.
Peter franziu a testa, aflito. Até onde aquilo os levaria.
— O que o seu irmão pensa que está fazendo?
— Ele disse que é importante. Realmente importante. Eu acho que tem alguma coisa a ver com o FBI.
Peter não discutiu mais. Podia ver que Lali tinha a intenção de se encontrar com Vico, de levar o bebê, com ou sem ele. E Peter não deixaria que ela fosse sozinha, de jeito nenhum...
— Eu amo você, Peter.
Sem fôlego, ele quase tropeçou. Peter não se permitia amar Lali, mas isso não eliminava a obsessão, a necessidade, o desespero em desejá-la.
— Só não me abandone novamente — avisou ele.
— Não vou.
— Promete?
— Sim.
Lali afagou seu rosto com os lábios, e Peter rezou para que não estivesse enganando a si mesmo. Que não iria acordar no meio da noite outra vez e descobrir que Lali se fora.
Três dias se passaram, com a primavera deixando o verão cada vez mais perto, com ventos mornos e secos ondulando através das janelas abertas.
Despertando no escuro, Peter revirou-se e procurou Lali. Esticando o braço mais um pouco, alcançou o travesseiro dela. E descobriu que ela não estava lá.
Em pânico, saltou da cama e agarrou o jeans, piscando e aguçando os olhos para enxergar o relógio na cômoda: quatro e cinco da manhã. A lua ainda estava alta.
Checou o banheiro primeiro, depois o quarto do bebê. A criança dormia, mas Lali não estava escondida em qualquer lugar.
Mesmo sabendo que ela jamais deixaria Miguel para trás, Peter não conseguia deter o lampejo do medo que repercutia através das suas veias.
Ansioso demais, abriu repentinamente a porta da frente. Lali estava sentada no balanço, um robe de seda cobria seu corpo e a camisola.
— Droga, Lali Você me assustou. Eu não sabia onde você havia se metido.
— Eu ia acordar você logo — disse ela.
— Por quê?
— Vico ligou.
— Quando?
— O telefone me acordou há mais ou menos uma hora. Ele quer que nós o encontremos. Assim que o sol sair. Na caverna de fumar.
— O que está acontecendo, Lali?
— Não sei. Ele só disse para ter certeza de que ninguém está nos seguindo. E para levar Miguel.
— Naquela trilha? — O caminho estreito para a caverna de fumar, para o lugar secreto onde Vico e Pete costumavam dividir cigarros, só era acessível a pé. — Como ele espera que nós arrastemos Miguel para cima daquele morro?
— Eu tenho um baby bag que Vico utilizava para carregar Miguel por aí. É como uma mochila. Nós podemos usá-lo.
Peter franziu a testa, aflito. Até onde aquilo os levaria.
— O que o seu irmão pensa que está fazendo?
— Ele disse que é importante. Realmente importante. Eu acho que tem alguma coisa a ver com o FBI.
Peter não discutiu mais. Podia ver que Lali tinha a intenção de se encontrar com Vico, de levar o bebê, com ou sem ele. E Peter não deixaria que ela fosse sozinha, de jeito nenhum...
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