Paperweight - Gastochi - Capítulo 4

Paperweight - Gastochi

Capítulo 4 - Quer sair comigo?

Depois de surfar e conversar um tempo, saímos da água, Rochi estava com um sorriso enorme na face porque ela não errara nenhuma vez.

Rochi: ai... amei surfar!

Gas: você amou, porque acertou tudo. As pessoas que não conseguem de primeira, detestam o surfe.

Rochi: com você foi assim?

Gas: aham, eu errei na primeira vez e por um momento eu não gostei. Mas também eu não tive um excelente professor como você teve...

Rochi: nossa modesto você hein? Hahaha

Gas: e sou mesmo... Hahaha. Rochi... o que vai fazer amanha?

Rochi: a não sei porque?

Gas: quer sair comigo?

Rochi: bom... eu não sou daquelas que saem com qualquer cara, mas como é você... Okay. Vamos sair!

Gas: sério?- sorrindo

Rochi: aham, mas como amigos...

Gas: sim, claro como bons amigos. Te pego 12h então, vamos almoçar num lugar que eu amo. – falando e rindo, sinceramente eu não acho que vai ser “como bons amigos” por muito tempo não, mas...

Então depois disso nós nos despedimos e eu fui pra casa, arrumar tudo. Queria que esse passeio “como amigos” fosse perfeito, eu estava começando a gostar de Rocio e não queria decepcioná-la.  A noite passou rápida, eu acabei dormindo pensando em Rochi de novo, e no outro dia acordei, fui tomar banho e depois fui tomar café com meu pai.

Ciro: bom dia filho.

Gas: bom dia pai, dormiu bem?

Ciro: como sempre durmo... quer torradas?

Gas: quero, obrigado. Ah, pai...

Ciro: oi Gaston.

Gas: o senhor vai usar o carro hoje?

Ciro: não porque?

Gas: queria emprestado, será que o senhor poderia?

Ciro: ah... tudo bem.- ele enfiou a mão no bolso e pegou a chave, nove entre dez pais teriam jogado a chave. Mas o meu estendeu o braço.

Gas: obrigado, você está bem?

Ciro: apenas cansado...

Gas: ok, eu já vou indo trocar de roupa. – levantei e olhei pra ele- pai?

Ele apenas olhou pra mim.

Gas: sinto muito não ter jantando com o senhor nas duas noites...

Ciro: tudo bem, eu entendo.

***

O sol estava rachando na hora que sai, por isso eu coloquei uma roupa bem leve, o transito estava horrível como sempre. Principalmente esse horário que muitos voltam ou vão para as escolas. Cheguei na casa de Rochi 12h em ponto, queria causar uma boa impressão, dei uma leve buzinada e a morena saiu de casa.

Lali: ela já tá vindo, pediu pra esperar uns minutos.

Gas: ok obrigado.

Depois de um tempo, Rocio sai... ela estava linda, com um vestido branco com detalhes em renda. Os cabelos loiros com leves cachos nas pontas estavam soltos. Quando ela saiu imediatamente sorriu pra mim e eu, tentei controlar minha boca que só queria ficar aberta.

Gas: oi.

Rochi: oi, você esta muito bonito.

Gas: e você está linda.

Rochi: obrigada... onde vamos?

Gas: chama cabana do camarão.

Ela levantou uma sobrancelha.

Rochi: você está meu levando para comer num lugar que tem “cabana” no nome?

Gas: espere e veja.

Rochi: ok... por isso que não saio com qualquer um.

***

A cabana do camarão fica no centro de Wilmington, na parte histórica da cidade, é um lugar bem simples mas com um clima muito agradável. Eu costumava vir aqui quando pequeno. Havia um bar bem comprido de um lado, janelas com vista para o rio e mesas de madeira ao estilo de piquenique no salão principal. Todas forradas com elegantes toalhas e com um objeto em cima das mesas com o cardápio.

Rochi: gostei daqui... é bem claro.

Gas: eu gosto muito daqui.

Rochi: gosto de lugares como esse.

Gas: vem, vamos sentar.

Nos sentamos numa mesa próxima da janela com a vista pro rio. Ela pegou o cardápio plastificado que estava entre o porta-guardanapo e garrafas de ketchup.

Rochi: diga-me, o que é bom daqui? – me mostrando o cardápio.

Gas: camarão.

Rochi: nossa, realmente? – disse irônica.

Gas: serio todo tipo de camarão daqui é bom. De qual você gosta?

Rochi: eu não tenho preferencia, e você?

Gas: frios com molho coquetel. Ou fritos.

Ela fechou o menu.

Rochi: surpreenda-me.

O garçom chegou e anotou os pedidos, eu pedi os frios no balde. Pra ela ver o que era camarão de verdade. Logo ele trouxe as bebidas, eu com um Chopp e ela com suco natural.

Rochi: então, quantas mulheres você já trouxe aqui? Para consumar a experiência, digo. – bebendo seu suco.

Gas: incluindo você? Deixe-me pensar... uma.

Rochi: estou lisonjeada.

Gas: esse lugar eu vinha mais com uns amigos, quando queríamos comer em vez de beber. Não havia nada mais gostoso depois de um dia de surfe.

Rochi: como vou descobrir em breve.

O garçom chegou com os pedidos, comemos a comida estava deliciosa como sempre. Sempre fui apaixonado com camarão, então pra mim estava ótimo. E parecia que para Rochi também. Almoçamos e brincamos durante um bom tempo, depois paguei a conta e fomos andar na praia para tomar sorvete.

Chegando lá nós tiramos os sapatos e andamos na beirada do mar com ele nas mãos. Logo ela viu o carrinho de sorvete e fomos pegar, peguei um de chocolate pra ela e um de morango pra mim.

Gas: sabe... percebi que eu falei a tarde toda, sua vez.

Rochi: ok, o que quer saber?

Gas: conte-me sobre seus pais.

Rochi:  meus pais estam casados a 23 anos como falei, eles se conheceram na faculdade Applachian State, e minha mae trabalhou em um banco por uns dois anos até eu nascer. Desde então, ela tem sido dona-de-casa e mãe, do tipo que cuida de todo mundo. Agora que saí de casa, ela passa se voluntariando pra várias atividades da cidade, de acordo com ela, ela na consegue ficar parada. Papai é professor de historia, por isso eu sempre tive que ser excelente na matéria dele. Então é isso... Ah eu tenho foto quer ver?

Gas: claro.

Ela pegou dentro da bolsa e me mostrou, a mulher era loira dos olhos verdes com um sorriso enorme no rosto e o homem era moreno de olhos verdes.

Gas: belo casal.

Rochi: é, eles são lindos juntos.

Ficamos andando por um tempo e a noite fomos embora. Fomos pro meu carro e a levei pra casa.

Gas: chegamos.

Rochi: obrigada pelo dia Gás, foi ótimo.

Gas: de nada, nos vemos em breve?

Rochi: nos vemos em breve. – saiu e me beijou no rosto.