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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Quase por acidente - Capítulo 18

Quase por acidente 


Capítulo 18 
Que vergonha, eu tinha acabado de levar uma surra. Mas também foi covardia dele, tenho certeza que se a briga tivesse sido justa, um contra um, eu teria derrubado ele fácil. Eu nunca gostei de brigas, sempre achei uma verdadeira ignorância, mas não negaria uns socos na cara daquele idiota. Eu estava completamente dormente, até que aos poucos comecei a sentir um incômodo no meu rosto. Eu estava acordado, mas não por tempo suficiente pra saber aonde estava, e se tinha alguém lá. Até que eu ouvi a voz da minha mãe.
Ale - ele não acordou ainda?
Luna - não mexeu nenhum dedo... - Luna e minha mãe... Confesso que fiquei desapontado, eu esperava que Lali estivesse aqui também.
Ale - Eu estou muito preocupada, devíamos ter levado ele pro hospital...
Luna - é, ele não parece bem, a surra foi feia, mas sei lá, é tão normal garotos brigarem...
Ale - não o Peter!
Luna - vem cá, a senhora conhece esses caras que fizeram isso?
Ale - conheço apenas de vista, são uns moleques mal criados, Peter sempre fez questão de ficar longe deles!
Luna - e por que eles fizeram isso?
Ale - não sei minha querida, não sei... - Minha mãe estava nervosa, dava pra saber que era ela quem estava andando de um lado pro outro.
Luna - e você? Não vai dizer nada? - Meu coração disparou, e uma ponta de esperança cresceu dentro de mim. Será que era ela?
Ale - Luna, deixa a menina, ela tá nervosa, você não tá vendo?
Luna - não sei por que esse nervosismo todo...
Ale - Luna! - Como essa garota conseguia ser tão insensível o tempo todo com as pessoas? Senti raiva dela, queria falar e defendê-la, mas meu corpo não reagia.
Lali - a culpa foi minha, tia... - Meu coração pareceu se espremer nesse momento. Lali estava chorando tanto, que mal conseguia falar. Quando ela se calou pude ouvir seu soluço.
Ale - minha querida, não diga isso, você tem que se acalmar...
Luna - por que você disse que a culpa era sua?
Lali - Pablo é... Meu namorado... - Ela disse mais uma vez, soluçando.



Luna - ah, então quer dizer que o seu namorado deu uma surra no Peter? E você não sabe o motivo? - Disse ela irônica. Eu senti ódio dela, senti vontade de levantar, e gritar um monte na cara dela.
Ale - Luna, se não parar com isso vou ter que pedir que se retire!
Luna - eu vou ter que sair pra dar prioridade a essa daí? Sendo que o namorado dela acabou de dar uma surra no seu filho??? Fala sério!
Ale - Ela não fez nada, ela o ajudou, foi graças a ela que eles pararam de bater nele, foi ela quem nos avisou, ela está nervosa, está preocupada, é amiga dele e tem todo o direito de permanecer aqui, e você está piorando as coisas, está sendo desagradável!
Luna - ótimo, engole essa daí, quando acontecer coisa pior por causa dos ciúmes de um garoto mimado não digam que eu não avisei! - A porta bateu. Acho que ela saiu.
Lali - ela tem razão... - o choro aumentou, e eu desejei que a Luna se sufocasse com a própria língua.
Ale - não tem razão nada, fique tranquila, ok? Ela também está nervosa, afinal é prima dele, e ela é muito geniosa, então não se preocupe com o que ela disse! Eu vou atrás dela, e vou fazer ela me ouvir! 
Lali - umrrum... - Mais alguns segundos, e a porta abriu e fechou. Eu estava sozinho com ela, e nem conseguia me mexer,rs. Meu coração estava gritando dentro de mim, acho que ele tinha esperanças de que ela pudesse ouví-lo, mas parecia inútil. Ele estava pulsando cada vez mais rápido, eu senti meu corpo suar frio sobre os lençóis. O incomodo no rosto aumentou, e eu comecei a sentir meus membros, embora eles insistissem em não me obedecer. Então eu ouvi os passos ligeiros dela na minha direção, senti o lençól sendo puxado quando ela sentou perto de mim. Meu coração estava se espremendo e relaxando, com tanta força que chegava a doer, parecia que ele estava tão sem ar quanto eu.
Lali - Poter, será que você pode me ouvir? - Ela ainda estava chorando. Senti sua mão tocar meu peito nu. - Eu não sei por que ele fez isso com você...



Lali - Quer dizer, a gente sabe que foi por ciúmes, mas ele não tinha esse direito, ele não podia ter machucado você... - Ela estava acariciando a minha pele. Um calor estava tomando conta de mim, talvez eu estivesse feliz. - Eu não sei por que as coisas tendem a dar errado pra mim... Eu aceitei fazer esse trabalho com você, por que eu achei que seria o certo, mas olha no que deu... Você apanhou por que eu namoro um imbecil, a sua prima me detesta, e com razão, né? - Acho que no fundo no fundo ela estava desabafando pra si própria. Ela não acreditava que eu estivesse ouvindo. - Ele tinha me avisado... - Um soluço. - ele me falou que ia te bater... - A voz dela foi ficando baixinha, saindo com dificuldade. - se eu não me afastasse de você.. - Mais um soluço. - Mas eu não levei a sério... Eu não consegui ficar longe de você... - Mais um soluço dela, maiis um aperto no meu peito. Até que uma lágrima pingou no meu braço, e eu me senti um fraco! Fraco por deixar que ela sofresse por minha causa! - Eu nunca tive um amigo como você Poter... Tão paciente, tão meigo, sincero, dedicado, engraçado... As vezes desajeitado, mas no fundo um gênio... Você sabe fazer coisas incríveis de verdade, não pra ficar se mostrando como os outros garotos... Mas por que você gosta, por que te faz bem... E você nem me conhecia, mas me tratou tão bem que fez parecer que a gente já se conhecia à séculos... - Mais uma lágrima tocou meu braço. Senti meus olhos encherem d`água. Eu pensei que meu coração não coubesse dentro de mim naquele momento. - Eu fui tão egoísta... Você sempre foi tão super comigo, como eu pude deixar isso acontecer? - O choro aumentou. Ela segurou minha mão. - Eu devia ter obedecido... Eu devia ter sido sincera... Nada disso estaria acontecendo agora... A sua vida ia seguir de boa, como se você nunca tivesse me conhecido... E eu ia guardar um carinho enorme por você... Você conquistou esse carinho tão facilmente, tão de repente, que chega a ser assustador... - Ela começou a acariciar a minha mão com o polegar.- Mas eu não mereço o seu carinho... Eu não mereço nada disso... - Mais soluços, um nó na minha garganta. - Meus dedos se mexeram, numa súplica que talvez ela não fosse capaz de traduzir.

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