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terça-feira, 17 de setembro de 2013

Quase por acidente - Capítulo 16

Quase por acidente 


Capítulo 16 
Lali - levanta, vem fazer... - droga, eu tava gostando de só olhar. Mas levantei sem dizer nada. - Fica aqui, do meu lado... - Disse ela apontando. Obedeci como o bom aluno que estava tentando ser. - vai, mexe a sua perna direita pra cá assim... E puxa a esquerda junto... - Mexi a direita, mas a esquerda não quis sair do lugar, fiquei envergonhado de errar algo tão bobo. Ela riu.
Peter - desculpa..
Lali - vamos, de novo... - Ela repetiu o movimento, esperando que eu seguisse. Eu estava prestando atenção, mas meu corpo não me obedecia. Eu estava bem nervoso, e então me dei conta de que havia platéia na sala. Luna e minha mãe estavam lá. Ouvi os risos, e corei. - Calma tá? Finge que não tem ninguém olhando, eu sei que você pode fazer uma coisa tão fácil... - Respirei fundo, e ela ficou parada esperando que eu me mexesse. Então eu disse, voltando o olhar pras suas pernas.
Peter - vai...
Lali -1... - Ela mexeu a perna direita e eu segui. - presta atenção, ta? - balancei a cabeça. - 2... - Ela mexeu a perna esquerda, mais devagar ainda. E então eu repeti. - Isso! Agora faz ao contrário, - Fiquei estático, esperando pelo movimento dela. - Joga a tua perna esquerda pro lado de lá... - Ela apontou e em seguida o fez. Eu continuei parado por alguns instantes, como se não conseguisse decorar o movimento.
Peter - assim? - fiz qualquer coisa estranha que quase me derrubou no chão, arrancando mais risos delas.
Lali - não, você não ta matando barata, Poter, hauhaahuuahhahua` Assim... Joga o calcanhar... - Voltei a posição em que estava e mais uma vez tentei imitá-la. Estava ficando chateado, me sentindo um verdadeiro incapacitado! Qualquer pessoa consegue fazer isso, e eu não! Acho que ela notou meu semblante pesado.
Lali - oh.. Talvez eu não esteja ensinando direito... - Me senti mal por fazê-la se sentir culpada. 
Peter - não, me desculpa,eu é que não tenho jeito com isso... :/ - Ela ficou na minha frente. Respirou fundo, e ignorou o que eu disse.



Lali - vamo lá, vamos fazer o movimento do braço, você tem que deixar ele assim...- Amoleci o braço pra que ela o posicionasse à sua maneira, e não reclamei da posição ridícula em que eu estava. Continuamos a fazer isso durante um bom tempo, e eu levei a maior parte do tempo pra acertar qualquer bobagem. Eu já estava ficando cansado quando ela quis parar.
Lali - acho que por hoje chega, né? - Luna já estava subindo, e minha mãe na cozinha, preparando qualquer coisa pra gente comer. Ela deitou no chão, como havia deitado hoje cedo, e então a acompanhei, deitando do seu lado.
Peter - cansada?
Lali - um pouco... Afinal fizemos faxina hoje de manhã... hauhahahahahaha`
Peter - ér, e eu te dando trabalho com isso...
Lali - é normal, eu também to te dando trabalho em todo o resto, não liga pra isso.. tem coisa que a gente sabe fazer, e tem coisa que não... - Ela sorriu, virando a cabeça pra mim. Sorri também, eu estava completamente relaxado naquela hora. - e bom, você é um gênio, sinceramente não sei como ficou em literatura...
Peter - xi... - Eu disse depressa, sem parecer grosso. - a minha mãe não sabe...
Lali - oh, desculpa, hauhauauhahahauhuah` - Ficamos em silêncio. Ela olhando pro teto, e eu hipnotizado com ela.
Peter - por que pintou o cabelo?
Lali - o meu pai não parava de me encher sabe? A minha mãe também não gostava, daí eu aproveitei pra mudar...
Peter - hm...
Lali - você acha que essa tá feia? - Ela perguntou preocupada. Eu ri.
Peter - claro que não, está ótimo... combina com vc... - eu sorri, e ela abriu um sorriso largo.
Lali - valeu...
Peter - por que sempre deita no chão?
Lali - é geladinho... haahuahhauahahauahuh` - era mesmo :P - me deixa relaxada...
Peter - ér, agora que você falou... Relaxa mesmo... - acho que não era o chão que estava me deixando daquele jeito, e sim ela.
Lali - Poter, você malha?
Peter - não...
Lali - nus...
Peter - por que?





Lali - você é muito bem feito de corpo... Assim, não que seja bombado, mas sei lá, seu corpo é ótimo... - Um fogo de alegria tomou conta de mim, e se me permitem dizer, era emocionante ser elogiado por ela, dessa maneira não me sentia tão distante dela.
Peter - valeu... - Minha mãe entrou na sala, com uma bandeja pequena. Lali rolou no chão, sentando-se, quase consegui imitá-la. O olhar da minha mãe me deixava envergonhado, ela parecia adivinhar o quanto meu coração pulsava feito um louco perto dela. E eu não saberiia desmentir se ela perguntasse.
Lali - obrigada tia, não precisava...
Ale - que é isso, querida, faço com o maior gosto... - Ela trouxe suco e sanduíches. A Lali parecia bem a vontade e isso me deixava bem. Eu gostava da naturalidade como ela agia, óbvio, por que pra ela tudo isso era normal, ela não fazia idéia do que se passava o tempo todo na minha cabeça. Comemos e depois eu levei a louça pra cozinha. Lali ficou na sala.
Ale - por que não avisou que hoje ia trazer a Lalinha pra cá?
Peter - é que eu não tava esperando, eu não imaginei que ela fosse querer ensaiar hoje!
Ale - não sei o que fazer com você, eu acabei não indo ao supermercado!
Peter - amanhã a gente vai...
Ale - vai estar lotado!
Peter - levamos Luna pra ajudar, o meu trabalho é mais importante... - Ela me olhou desconfiada.
Ale - será que é o trabalho que está virando essa cabecinha de cabeça para baixo? 
Peter - óbvio!
Ale -ou será que tem alguma coisa aí?
Peter - mãe, a senhora viu como sou desajeitado, temos que aproveitar bem o nosso tempo!
Ale - hm... - Ela cruzou os braços. - Estão a semana inteira grudados, e você está empolgado demais pra quem tem um trabalho tão absurdo por fazer, sinceramente eu tenho certeza que você está de paquerinha com essa menina! - de 
paquerinha? -.-
Peter - não mãe, é coisa da sua cabeça, deixa eu ir que ela tá sozinha lá na sala... - saí antes que ela dissesse mais alguma coisa que me deixasse constrangido.



Ela estava certa, e ela sabia disso, mas eu não admitiria nem sob pena de morte :D - Lali, desculpa a demora...
Lali - que nada... Bem, eu acho que já tá na hora de ir embora... - me deu um aperto no coração. Por mim ela nunca iria embora.
Peter - tudo bem, eu vou deixar você...
Lali - não precisa, eu vou na casa do Pablo antes, daí ele vai comigo até em casa... - me bateu `aquela` angústia. - bom, como eu te disse, preciso muito conversar com ele...
Peter - claro, eu entendo... - Eu estava desapontado. O dia havia passado muito rápido, e não a veria amanhã. Com certeza o dia seria uma porcaria, por que eu estava completamente viciado nela. A acompanhei até a porta, e ganhei o meu beijo na bochecha. Demorei horas pra dormir, pensando nesse dia, mas principalmente nesse beijo. Domingo tive que acordar cedo pra fazer compras, sorte que a Luna estava boazinha e ajudou a trazer tudo. De tarde, Gás e Nico foram pra minha casa, mas como eu estava cansado demais e com sono, pra andar de skate ou qualquer coisa que exigisse movimentos bruscos, então ficamos jogando Ps2 até de noite. Óbvio que eles não perderam tempo, e ficaram fazendo hora comigo. E ainda se queixaram, dizendo que eu só tinha tempo pra Lali agora. E eles que me perdoem, mas eu estava adorando a minha mudança de rotina. Luna não falou comigo,não me procurou, não fez comentários bobos durante nossos esbarrões no corredor, e não que eu me importe, mas estava achando estranho demais. Mas também não consegui pensar muito nisso. Fui dormir exausto. De manhã fui o mais depressa possível pelo caminho da casa dela, pra tentar alcançá-la a caminho da escola. Quando cheguei na esquina de sua rua, um empurrão me surpreendeu.

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