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sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

A família Lanzani - Capítulo 26

A família Lanzani



Capítulo 26


Peter seguiu pela estrada, então se deteve antes que pudesse alcançar o interfone.

— Você acha que Halloway sabe sobre Sims e Hoyt? Que eles foram nos ver?

— É possível. — Lali procurou sua bolsa e a ajeitou sobre o colo. Ela hoje estava vestida no estilo country: jeans, botas de cowboy, uma camiseta branca com a gola enfeitada por uma fileira de sementes coloridas.

— E quanto a Sims e Hoyt? Você acha que eles sabem que nós estamos aqui agora?

— Provavelmente.

Será que todo mundo estava vigiando todo mundo, esperando para ver quem seria o primeiro a cometer um erro?

Peter abaixou a janela e parou o carro ao lado do interfone, anunciando sua chegada.

Uma voz incorpórea lhes concedeu permissão para entrar ao mesmo tempo em que um portão eletrônico se abriu com um estalo.

A pista de entrada seguia até formar um semicírculo, terminando na frente da casa. Ou a mansão, supôs Peter.

Lali não reagiu, mas ela já tinha estado aqui antes, no dia em que devolveu Cande para a família.

Peter estacionou ao lado de uma Mercedes preta.

— Halloway prestou alguma atenção em Miguel da última vez?

— Na verdade não. Ele estava totalmente ocupado com a filha. Por ter descoberto que ela estava doente.

— Como a mãe de Cande está lidando com tudo isso? — indagou Peter, dando conta de que Lali jamais mencionara a esposa de Halloway.

— Ela morreu há muito tempo. Ele tinha amantes — contou Lali. — Mulheres com as quais Cande nunca se incomodou.

Peter olhou adiante e avistou dois homens de terno escuro na porta da frente.

— Este é o nosso rei da Máfia?

— Não, este não é Halloway.

Mas, de qualquer maneira, ambos os criminosos acenavam para eles. Peter não poderia ter imaginado uma coisa como esta nem que isso levasse mil anos.

Lali saiu do SUV e liberou Miguel do cinto de segurança no seu assento do carro. Peter trocou olhares com o homem de ombros largos parado na porta.

Ele não era um mordomo ou um empregado comum. Este sujeito grandalhão e truculento era um segurança.

Miguel foi voluntariamente para os braços de Lali, mas um momento depois se atirou para Peter.

— Ele quer ficar com o pai — disse Lali, com pouca firmeza na voz.

— Venha, parceiro. — Peter pegou Miguel e afagou a face da criança com um beijo.

— Parece que você é um parente do Espósito— disse o gigante para Peter. — Muito mais do que ela. — O homem olhou atenciosamente para Lali, que parecia muito frágil com sua pele branca e seus cabelos escuros

— Eu acho que é a coisa Cherokee. — Quantas vezes aquele sujeito teve o nariz quebrado? Peter não se importaria de acertar um soco nele.

Seguiram o homem para dentro da casa. Outro segurança apareceu, fazendo a luxuosa mansão parecer uma fortaleza.

O primeiro segurança, o boxeador, se aproximou de Peter.

— Garoto bonitinho. Sua bagagem?

Pego desprevenido,Peter trocou o bebê de posição.

— O quê? Não.

— Se importa se eu checar?

Diabos, claro que ele se importava. A revista foi rápida, mas ainda assim rigorosa. Quando o boxeador olhou para Lali, Peter arreganhou os dentes.

— Se você sequer tentar revistá-la, eu vou entalar meu punho direto no fundo da sua garganta.

— Você até age como o Espósito. — Sua expressão bem-humorada desapareceu. — Uma pena que ele tenha estragado tudo. — Ele se virou para Lali novamente. — Eu até gostava do seu irmão.

— Eu ainda gosto dele.


— Claro, família é sempre família. — A não ser que te dêem uma facada nas costas. O que Victorio aparentemente fizera com a Máfia, Peter pensou, imaginando quanto tempo mais seu velho amigo poderia sobreviver naquela confusão...



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