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domingo, 27 de janeiro de 2013

Identidade Secreta - Capítulo 28


Identidade Secreta


Capítulo 28 - Mercenários

Peter abriu a porta do quarto de Mariana e entrou rapidamente em direção a cama para deitá-la. Seus braços já começavam a tremer por levar Mariana ate alí, mas não iria desistir. Iria deixá-la cômoda e ficar ao seu lado para o que ela necessite. A deixou sobre a cama com cuidado, acomodando os travesseiros nas costas dela.  Sentou-se ao lado dela segurando-a pela mão, enquanto acariciava o rosto da mesma com a outra mão. Havia sentido tanto medo quando começou o tiroteio, poderia ter perdido-a. Percebeu que ela estava gelada devido ao fato de ainda estar molhada. Então foi ao banheiro e pegou duas toalhas. Com cuidado a levantou um pouco da cama e enrolou umas das tolhas no cabelo dela, já com a outra tolha começou a secá-la. Havia enchido a cama de areia. Pegou a camisola que estava debaixo do travesseiro, a pergunta agora era... Como iria tirar o biquíni e colocar a camisola sem deixá-la nua? IM POSSIVEL. Respirou fundo para ter coragem e, com cuidado, voltou a levantá-la apoiando-a em seu peito, deixando a cabeça da mesma apoiada em seu ombro. Subiu suas mãos pelas costas dela sem poder evitar acariciá-la e puxou o cordão superior do biquíni, desfazendo o nó...



Mariana: O QUE VC TA FAZENDO?? (gritou retrocedendo assustada, segurando o biquini para que tapasse seus seios) Como cheguei aqui? (desorientada)

Peter: Você desmaiou quando viu o sangue. Estava molhada, não queria que pegasse um resfriado (explicou com o olhar fixo em seus braços. Já a havia visto nua, mas agora parecia tão frágil. Estava mais linda que nunca)

Mariana: Eu... é...(suspirou) obrigado



Peter se levantou e se virou, ficando de costas para ela. Mariana aproveitou o momento para vestir a camisola, logo depois tirou a parte superior do biquíni por debaixo da camisola e foi para o lado seco da cama...



Peter: Gastón daqui a pouco vem para dar os pontos na sua perna

Mariana: Gastón, pontos?

Peter: Não se preocupe, alem do mais... ele é medico



Peter se virou lentamente, suspirando. Havia chegado o momento de contar tudo. Caminhou até o outro lado da cama e se sentou de frente para Mariana. Isso mesmo, os dois guardavam segredos... Peter sabia o quanto ela era curiosa e Mariana morria de vontade de perguntar. Mas ele foi mais rápido...



Peter: Somos mercenários (foi bastante direto. A cara de Mariana mostrou que estava muito surpreendida) Somos como um grupo de soldados de aluguel. Os governos nos contratam para algumas missões de alto risco, mas também temos contratos privados. Isto que acabou de acontecer, seguramente, foi uma retaliação de alguém que com certeza nós prejudicamos. E quando estive em Puerto Rico, foi porque o governo dos Estados unidos nos contratou para acabar com uma rede de traficantes de drogas. Quando estávamos voltamos, Paula nos encontrou

Mariana: Ela sabe que vc...? (duvidando. Começava a entender tudo, como por exemplo, o pq de Nicolas ter mandando ela pra la, dizendo que na ilha estaria mais segura)

Peter: sim, Paula é nossa representante. Tem negócios e contatos com vários países, quer dizer o pai dela, mas ele n sabe de nada. Ela já conseguiu passagens de diplomatas, inclusive já nos tirou de alguns países, digamos que, “pela porta dos fundos” (sorrindo) O governo queria desse um ponto final na rede de traficantes completamente, por isso tuve que passar uma semana inteira na embaixada. Depois tive que ficar para ajudar Paula a criar uma criar uma cortina de fumaça ao redor da mansão. Por isso demorei tanto para voltar. Enquanto estive lá, não aconteceu absolutamente nada entre nós. Não acontece nada a muito tempo

Mariana: Mas vcs eram...

Peter: Sim, tivemos algo (continuou agarrando as mãos dela) mas já acabou, agora somos só amigos.



Mariana o olhou por uns instantes antes de abaixar a cabeça, envergonhada por ter sido tão teimosa em não querer escutá-lo. Tentou pedir desculpas, mas Peter não deixou, colocando o dedo em sua boca, sendo consciente de que os dois tinham vários motivos para pedir desculpas. Ambos sabiam que o outro estava arrependido, assim que não precisava dizer com palavras. Mariana deitou na cama, movendo inquieta sua perna, que começava a doer. Peter havia sido sincero com ela, havia confessado o que fazia em seu trabalho. Mas agora que Peter lhe havia contado a verdade, ela também deveria contar. Dizer quem era, em que trabalhava, o que lhe havia feito. Não as mentiras da televisão e sim a verdade. Não merecia mentiras...



Mariana: Peter... (disse com suavidade) Tenho que te contar uma coisa. na verdade... eu... não sou uma simples compositora... (estava nervosa) Eu sou... sou a La...

Gas: A bela adormecida já acordou? (entrando no quarto sem bater, provocando que Mariana se calasse) acho que Peter já te disse que tenho que dar uns pontos na perna, ne?



Mariana assentiu sem poder falar. Viu como Peter se levantou e se sentou ao seu lado na cabeceira da cama, colocando o braço por cima dos ombros dela. Ele sabia perfeitamente que necessitava apoio...



Peter: Depois vc me conta (sussurrou no ouvido dela)



Gastón pegou um travesseiro e levantou a perna de Mariana com cuidado. Começou a tirar o material da maleta que havia levado. Mariana engoliu saliva com força ao ver como Gastón colocava um liquido na seringa...



Gas: Vou ter que dar pelo menos 7 pontos, por isso tenho que adormecer o local antes (disse ao ver a cara pálida de Mariana) a Anestesia vai fazer doer um pouquinho, então tente não se mover

Mariana: Odeio agulhas, sangue e os médicos (suspirou) nada contra você é claro

Gas: Tudo bem (sorriu) vamos começar



Mariana escondeu a cara no ombro de Peter. Definitivamente, preferia não ver o que Gastón iria fazer. Peter sorriu e começou a acariciar o cabelo dela para tentar acalmá-la. Mariana fechou os olhos com força quando notou que destapavam sua coxa. Pelo menos, Peter estava ao seu lado...



Gas: Você é alérgica a alguma coisa? (acabando de colocar as luvas e pegando a seringa)



Mariana abriu os olhos para olhá-lo, sinta seu estomago revirar...



Mariana: A Penicilina… COMEÇA DE UMA VEZ GASÓN!!! (ordenou assustada)



Voltou a esconder o rosto no ombro de Peter. Segundos depois sentiu uma picadinha, comprovando que não foi tão terrível, mas imediatamente sentiu um forte ardor subindo pela sua coxa. Mordeu o lábio inferior com força enquanto que Gastón injetava em diferentes zonas da ferida. Peter havia agarrado uma das mãos dela e a havia apoiado sobre seu peito antes de sentir que ela apertava sua mão com força. Um minuto depois, Mariana notou que a zona estava como “adormecida” e mesmo que Gastón estivesse tocando, não sentia quase nada. Gemeu de dor quando a agulha de sutura cruzou sua pele. Definitivamente não doia, mas havia algo desagradável em notar como o fio corria entre seus tecidos e como Gastón puxava as duas pontas para fazer um nó. Depois do que lhe pareceu um tempo interminável, o doutor Dalmau terminou...



Peter: Pronto (sussurrou dando um beijo na cabeça dela) Vc foi muito valente



Mariana abriu os olhos liberando um suspiro e olhou como Gastón deixava o local descoberto...



Mariana: Não vai tapar? (perguntou, já que não queria ver os pontos por nada desse mundo)

Gas: Não quer tomar banho antes? (com cara inocente)

Mariana: Posso?

Gas: Se lavar bem o local dos pontos com água e sabão e depois secar bem, pode

Mariana: Serio??

Gas: Claro que sim, mas tem que ir com cuidado para que os pontos não se abram (tranqüilo) Enquanto isso, Peter vai ao povoado comprar uns analgésicos e eu vou trocar seus lençóis. Quando vc acabar tapo o ferimento



Mariana não esperou que Gastón voltasse a dizer. Se levantou e comprovou que sua perna a mantém em pé perfeitamente. Claro que doía ao apoiá-la no chão, mas era perfeitamente capaz de caminhar apesar de estar débil. Contenta caminhou até o banheiro. Gastón escreveu umas coisas em um bloco e arrancou uma folhinha para depois dar a Peter, quem saiu pela porta para ir ao seu quarto trocar de roupa e ir ao povoado. Quando voltasse poderia levar a janta ao quarto de Mariana e assim ela poderia contar isso que tinha que contar...

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